Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Emergentes tendem a sofrer mais com gripe aviária

<p>Estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado nesta segunda-feira afirma que uma pandemia de gripe aviária de grande proporções pode reduzir o fluxo de investimentos estrangeiros para os países emergentes.</p>

Redação AI (14/03/06)- “O fluxo de capital para mercados emergentes pode diminuir como resultado da combinação de uma possível ruptura na operação dos sistemas financeiros, perda de confiança em países mais vulneráveis e mudança brusca na disposição de assumir riscos,” diz o relatório A Economia Global e o Impacto Financeiro de uma Pandemia de Gripe Aviária e o Papel do FMI.

De modo geral, o maior impacto econômico de uma grande pandemia de gripe aviária viria de um elevado aumento do absenteísmo no trabalho, o que pode levar a uma queda da produção, ao mesmo tempo que a cautela poderia levar a uma redução do consumo. O estudo do FMI também prevê uma redução no turismo internacional, porque as pessoas ficaram com receio de viajar para outras regiões e se expor à doença.

A gravidade dos efeitos negativos de uma pandemia, porém, depende justamente da intensidade da doença, o que não pode ser previsto. De um modo geral, o relatório diz que as economias mais sólidas também vão sofrer o impacto da doença, mas devem se recuperar mais rapidamente. Em economias mais dependentes de capitais externos os efeitos podem ser mais duradouros.

– Num país estável o impacto pode ser forte, mas de curto prazo. Podemos ver, por exemplo, uma forte redução na atividade econômica num trimestre e a recuperação no trimestre seguinte – diz o chefe da Divisão de Assuntos Sistêmicos do Departamento de Sistemas Financeiros e Monetários do FMI, David Hoelscher.

América Latina

O diretor assistente do Departamento de Mercado Internacional de Capitais, Charles Blitzer, diz que a América Latina melhorou muito sua vulnerabilidade externa nos últimos anos, com uma menor dependência dos capitais internacionais.

– Vários países da América Latina, incluindo o Brasil, deram passos para reduzir a vulnerabilidade da economia a movimentos internacionais, reduzindo a dívida em dólar. Eu hesitaria em dizer que a América Latina é mais vulnerável do que outras regiões – afirmou.

Mas Blitzer diz que a experiência com a Sars mostra que o investimento direto estrangeiro diminuiu nos países atingidos, e que projetos não chegaram a ser cancelados, mas foram adiados.

Reunião

Em Brasília, uma reunião sobre o Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) aconteceu nesta terça-feira, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Um dos participantes foi o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Ricardo Gonçalves que, após o encontro, divulgou os dados de fevereiro das exportações de carne de frango. Outro assunto a ser abordado é o Plano de Prevenção contra a Gripe Aviária, do governo federal.