Empresários e autoridades japonesas e brasileiras passaram a tarde desta segunda-feira (29/02) em um seminário em Palmas. O encontro faz parte do “Diálogo Brasil-Japão – Intercâmbio Econômico e Comercial em Agricultura e Alimentos”, que vai resultar em investimentos da iniciativa privada do Japão na região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou o crescimento econômico da região. “Nos últimos três anos, a produção agrícola no Matopiba cresceu 49%, enquanto a do Brasil aumentou 11%”, comparou.
O vice-ministro de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Hiromichi Matsushima, disse que a reunião foi importante para se conhecer a região e para a concretização dos investimentos futuros. Um dos temas foi a previsão e análise climática no Matopiba. O diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Divino Moura, informou que o número de estações meteorológicas na região vai passar este ano de 34 para 45. “As estações vão fornecer informações em tempo real e diretamente no computador de qualquer brasileiro.” Ele lembrou que “toda agricultura deve ter apoio do tempo e previsão do clima para se evitar perdas agrícolas”.
Outro ponto do seminário foram os investimentos em infraestrutura e logística. O secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Maurício de Carvalho, explicou aos japoneses o que está sendo feito em rodovias, ferrovias e hidrovias. Cerca de 7.400 Km em 17 rodovias, por exemplo, serão concedidos à iniciativa privada em todo o país, entre 2015 e 2018. Doze projetos de concessão no Matopiba estão em fase de estudos.
O Diálogo Brasil-Japão em Palmas reúne grandes empresas japonesas que já estão atuando no Brasil e querem ampliar os investimentos. São elas: Mitsui & Company, que comercializa produtos siderúrgicos, alimentícios e insumos agrícolas; a S.C. Toyota, do grupo Toyota (do ramo automobilístico), que investe no plantio de soja, armazenamento e transporte; Mitsubish Corporation do Brasil – maior trading do Japão do setor de energia e alimentos como o café –; e a Ajinomoto, uma das grandes empresas japonesas de alimentos processados, como condimentos.