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Economia

Empresas criticam falta de regras claras em premiação

Empresários presentes à premiação do anuário "Valor 1000" apontaram a volatilidade da taxa de câmbio como uma preocupação de curto prazo.

Empresas criticam falta de regras claras em premiação

Os empresários que dirigem as melhores entre as maiores empresas do país querem regras mais claras para desenvolver seus negócios e investir. Eles pedem menos intervenção do Estado e listam suas próprias tarefas em busca de maior crescimento para o país – inovação, eficiência, novos mercados e agregação de valor.

Ao defenderem um ambiente mais “claro” para os negócios, empresários presentes ontem à premiação do anuário “Valor 1000” apontaram a volatilidade da taxa de câmbio como uma preocupação de curto prazo, enquanto a necessidade de infraestrutura mais eficiente é defendida por todos os setores.

“De maneira geral, o que impede uma maior velocidade na aprovação e implementação de investimentos são as incertezas de toda sorte. É preciso que exista maior clareza e segurança jurídica”, afirma Tadeu Carneiro, presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). O setor mineral passa por importantes mudanças, com o novo marco regulatório no Congresso Nacional.

Dependente de definições do Estado, empresas do setor de etanol estão insatisfeitas. “É preciso que a intervenção seja a mínima possível. A presença do governo na definição dos preços dos combustíveis vem penalizando o setor”, diz o superintendente do grupo sucroalcooleiro Santa Terezinha, Ágide Meneguete.

Bruno Armbrust, presidente da Gas Natural Fenosa no Brasil, controladora da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG), diz que a perspectiva de aumento na oferta de gás exigirá avançar com o marco regulatório e um plano energético de longo prazo que contribua para o desenvolvimento de infraestrutura capaz de absorver essa oferta. Para ele, seria saudável que os governos estaduais, a exemplo de São Paulo e Rio, fizessem a concessão da distribuição local a operadores privados.

Apesar das incertezas, a estratégia da fabricante de eletrodomésticos Whirlpool é a mesma de épocas de bom crescimento: não parar de investir em produtos, serviços e inovação, diz o presidente da companhia no Brasil, João Carlos Brega. O executivo considera que há uma “onda de pessimismo” e que os economistas também precisam analisar “o copo meio cheio” da economia.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente ao evento, o atual pessimismo é “infundado”. “A indústria se recupera lentamente e os investimento voltou a crescer”, disse.