Da Redação 14/07/2005 – Algumas indústrias do País já chegaram na frente no mercado chinês e estão exportando cortes de frangos, de suínos e de bovinos para Hong Kong.
Entre estas, estão o Grupo Flamboiã, de Cabreúva (SP); a Coopavel, de Cascavel (PR), e o Frigorífico Rio Sulense, de Rio Sul (SC).
O Grupo Flamboiã começou a exportar para o território especial da China, Hong Kong, em 2000, e está adotando um programa de qualidade na planta industrial para habilitar-se a vender cortes de frango para o mercado chinês. ”Acreditamos que a China será um grande consumidor”, diz o gerente de Exportação do grupo, Max Paulo Ortega.
A empresa embarca uma média de cinco contêineres ao mês para Hong Kong, o que dá um total mensal de 125 toneladas de pé de frango, meio de asa, ponta de asa e filé de coxa.
A maior demanda é pelo meio de asa, segundo Ortega. Ele conta que a previsão é ampliar a produção. “A idéia é vender mais filé de coxa e investir em maquinário para cortar meios de asa para a China.” O grupo tem produção de frangos de corte verticalizada, em granjas integradas, na região paulista de Itu, Porto Feliz e São Manuel. Além de Hong Kong, atualmente a empresa exporta seus produtos para a Rússia, Ucrânia, África e outros países do leste europeu.
COMÉRCIO DINÂMICO
A Coopavel, em Cascavel (PR), também exporta cortes de frangos para Hong Kong. O presidente da empresa, Dilvo Groli, vê com bons olhos o potencial do mercado chinês e pensa em expandir as vendas, considerando as peculiaridades daquele país. “Vejo a China como uma grande potência internacional e com um comércio bastante dinâmico.” Mas ele diz que não se pode ignorar que o país produz 70 milhões de toneladas de carnes, sendo 48 milhões de toneladas de carne suína; 15 milhões de toneladas de carne de frango e 7 milhões de toneladas de outros tipos de carnes.
Ele diz também que é preciso considerar que o país tem uma população de 1,3 bilhão de pessoas, um consumo per capita anual de 53 quilos de carne e a migração de pessoas do campo para as cidades. ”Diante desse cenário, vejo a possibilidade de exportação, principalmente de carnes de frangos, mas é necessário quebrar as barreiras sanitárias e conquistar o mercado”, pondera.
A Coopavel já exporta para a China cortes de frango de baixo valor, como pés de frango e pontas de asas, entre outras partes. Os embarques começaram em 2000, com 200 toneladas, e em 2004, alcançaram 2 mil toneladas. “A venda tem aumentado um pouco, mas não sei dizer se é pelo crescimento da demanda ou pela conquista de espaço, por causa da credibilidade, em razão da qualidade do produto brasileiro”, avalia.
CORTES E MIÚDOS
Desde 1995, o Frigorífico Riosulense, em Rio do Sul (SC), dono da marca Pamplona, exporta uma média mensal de 300 toneladas de cortes e miúdos de bovinos e suínos para Hong Kong.
Segundo o diretor da empresa, Jacir Pamplona, para 2005, a expectativa é de aumento de 30% nos embarques. A empresa ainda não exporta para a China, mas está se preparando para entrar nesse mercado. “Acredito que o país será um grande consumidor de proteína animal, pois tem uma grande população e seu poder aquisitivo está aumentando”, afirma. E prevê demanda de exportações de carnes de frango, de boi e suína. “O agronegócio está se consolidando e, com a queda de barreiras, o Brasil se firmará como grande produtor de proteína animal.”