Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado

Espírito Santo e Paraná registram mercado aquecido e sem sobras na Quaresma

Os estados apontam para alterações nos valores devido à alta dos insumos

Espírito Santo e Paraná registram mercado aquecido e sem sobras na Quaresma

O período da Quaresma tem registrado um mercado aquecido para os Estados do Espirito Santo e Paraná. Os dois Estados registram vendas sem sobras do produto, com alterações nos custos produtivos devido ao aumento nos preços dos insumos. A época costuma representar um aumento nas vendas, mas nesse ano os índices mostram uma queda no comparativo do ano passado, já que em 2016 o crescimento registrado bateu recorde.  

Para a Associação de Avicultores do Espirito Santo (Aves), em relação ao ano passado o número registrado é um pouco melhor, mesmo que o produtor esteja recebendo menos em relação à mesma época de 2017. “Essa é uma vertente que está assim desde o início do ano, ou seja, no primeiro trimestre deste ano a rentabilidade do produtor foi menor do que no ano passado”, disse Nélio Hand, Diretor Executivo da Aves.

O fato apontado pelo diretor executivo da Aves vem sendo potencializado pelo preço dos insumos, como por exemplo, o milho, que tem chegado a patamares 15% mais caros do que na mesma época em 2017. Aumento que também preocupa o mercado do Paraná, que sofre com variações nos preços dos ovos e que registrou uma queda de 25% nas negociações se comparado ao ano passado. Segundo informações da Associação Paranaense de Avicultura (APAVI), os preços não acompanharam os registrados no ano de 2017.

O preço médio para a caixa de ovos na granja tem estado em torno de R$ 88,50/caixa, registro para os últimos 30 dias, contudo segundo informações da Aves os preços estão variando dentro do mercado com ajustes que não ocorrem no mesmo ritmo das granjas. “Em muitos momentos vemos que o preço reduz para quem produz”, disse Hand. Para o mercado paranaense, os preços da caixa com 30 dúzias no atacado têm estado na faixa de R$ 86,00/caixa no Estado, informa a APAVI.

Segundo o diretor executivo da Aves, existe uma preocupação em relação ao fornecimento de insumos, já que o cenário está se mostrando parecido com os registrados em 2016. Além de uma preocupação referente a outras proteínas e sua relação com o mercado internacional. “Por outro lado, existe a expetativa de que tenhamos o consumo per capta ultrapassando os 200 ovos no Brasil, isso certamente fortalecerá cada vez mais a produção e mostra o empenho do setor. Junto com as entidades nacionais e estaduais, que vem trabalhando arduamente nos últimos anos para chegar a essa realidade de consumo vivida”, disse Hand. De acordo com a APAVI, a perspectiva para o setor em 2018 é boa, com empresários automatizando o setor e buscando uma maior qualidade do produto.