Da Redação 08/03/2002 – A greve começou há uma semana. Eles querem 63% de reajuste salarial para retornar ao trabalho. Em todo o Paraná, são 20 núcleos regionais da Seab Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, com 120 unidades veterinárias que atendem as microregiões.
Animais e produtos agrícolas não podem ser transportados sem o controle de sanidade feito pela Seab. A maior preocupação é com o gado. Sem a fiscalização, animais que chegam de outros Estados podem contaminar o rebanho paranaense. O problema também pode atingir criações de porcos e de aves.
“Pode ocorrer contaminação de febre aftosa ou de peste suína uma vez que não se faz o rastreamento da entrada de animais de outros Estados” disse o veterinário da secretaria estadual Carlos Costa. Sem o controle de sanidade da Seab, os frigoríficos estão desabastecidos.
Um frigorífico de Paranavaí, o único da cidade, já está sentindo os reflexos da greve. Eram abatidos 800 animais por dia. O trabalho parou desde quarta-feira. Segundo o gerente Celso Bianqui, a maior preocupação está em cumprir os contratos de exportação. No oeste do Paraná, a paralisação dos funcionários da Secretaria da Agricultura deu prejuízos para o setor de avicultura.
Uma empresa que exporta para o Paraguai e para o Senegal teve de redirecionar sua produção para o mercado interno. Foi uma saída de emergência para não perder 100 mil ovos e 100 mil pintinhos. No final da tarde de ontem a Justiça do Paraná concedeu liminar garantindo o funcionamento do frigorífico de Paranavaí. Um veterinário deverá ficar de plantão para garantir os abates.