Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Externo

Estratégia comercial

<p>Diplomatas concluem programa de imersão no agronegócio nacional. Objetivo foi torná-los mais aptos para enfrentar os debates comerciais.</p>

Depois de duas semanas visitando fazendas, agroindústrias, uma usina de cana-de-açúcar, um laboratório agropecuário e o Porto de Paranaguá, os 23 diplomatas, que participaram do primeiro Programa de Imersão de Diplomatas no Agronegócio, desenvolvido pelos ministérios da Agricultura (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE), disseram estar mais preparados para defender os produtos brasileiros nos países em que atuam.

“O Brasil, como grande fronteira agrícola, tem enfrentado cada vez mais problemas, o que não é ruim, pois é no sentido de que tem conseguido entrar em cada vez mais mercados. Então, procuramos abranger os principais setores exportadores”, disse Eduardo Sampaio, diretor da Secretaria de Relações Internacionais do Mapa, sobre o objetivo do programa.

O ministro conselheiro Arthur Nogueira, da embaixada do Brasil em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, disse que os profissionais se perguntaram por que o programa não existia antes e se consideraram beneficiados pela iniciativa pioneira. Ele explicou que o trabalho dos diplomatas é promover os produtos brasileiros, protegê-los contra barreiras tarifárias e negociar condições propícias para sua entrada em outros países, e que as visitas mostraram como poderão fazer isso.

“O que o Oriente Médio mais tem é dinheiro, então, podemos trazer investimentos deles no agronegócio brasileiro, pois eles precisam de produtos agropecuários”, afirmou Nogueira.

Regina Bittencourt, conselheira da Embaixada do Brasil na Inglaterra, disse que, conhecendo melhor o setor agropecuário, os diplomatas estarão mais aptos para enfrentar os debates comerciais. “O programa nos dá munição para essa luta constante contra medidas protecionistas não declaradas, medidas ambientais falsas, para rebater alguns argumentos levantados contra o mercado brasileiro”, afirmou.

De acordo com Ricardo Monteiro, chefe da Divisão de Agricultura e Produtos de Base do Ministério das Relações Exteriores, até o fim do ano deve ser concluído o processo de seleção para oito adidos agrícolas, que atuarão nas embaixadas brasileiras localizadas nos principais mercados compradores dos produtos do agronegócio nacional.