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EUA ainda vêem chance de Doha avançar neste ano

<p>As conversações em setembro não conseguiram reduzir as diferenças em uma importante questão agrícola que já havia causado o colapso das negociações em julho.</p>

Redação (07/10/2008)- A administração Bush ainda vê uma chance de avanço neste ano nas negociações comerciais globais da Rodada de Doha, afirmou uma autoridade sênior de comércio dos Estados Unidos na segunda-feira.

"Eu realmente acredito no equilíbrio deste ano, existe uma oportunidade para um avanço", disse o vice-representante de Comério dos EUA, John Veroneau, em um discurso na Câmara de Comércio dos EUA.

Veroneau admitiu que as conversações em setembro não conseguiram reduzir as diferenças em uma importante questão agrícola que já havia causado o colapso das negociações em julho.

Negociadores discutiram duas "soluções bastante criativas" para resolver o impasse sobre o chamado mecanismo especial de salvaguarda, mas uma foi rejeitada pela China e a outra pela Índia, de acordo com Veroneau.

Ainda assim, ele acredita que se os países tiverem o desejo político de alcançar o acordo, ele pode ser atingido. "As questões não são simples, mas podem ser resolvidas", disse Veroneau.

A Representante de Comércio dos EUA, Susan Schwab, está preparada para se reunir neste ano com outros ministros do comércio, mas apenas se autoridades sêniores alcançarem mais avanços antes, disse ele.

De qualquer maneira, afirmou Veroneau, a administração Bush vai pressionar para avançar com as negociações o máximo que puder antes da mudança de presidente no ano que vem.

Entretanto, uma autoridade da União Européia afirmou que a abrupta saída do Comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson, na semana passada para assumir um posto no governo britânico não deve ser vista como um sinal de que a UE perdeu o interesse nas negociações.

Catherine Ashton, líder da Câmara dos Lordes, foi escolhida para substituir Mandelson. Ela não é muito bem conhecida no cenário comercial.

"A mudança do comissário não deve, de maneira nenhuma, ser uma desculpa para que outros não se empenhem", disse Nikos Zaimis, chefe da área de comércio do escritório da Comissão Européia em Washington.