Redação (16/11/2007)- A União Européia pode excluir o Brasil das importações de carne. Eles estão insatisfeitos com o sistema de rastreabilidade dos animais – identificação de cada um com um "brinco" na orelha – em toda a cadeia produtiva da carne, desde a propriedade rural, passando pelos órgãos fiscalizadores, empresas certificadoras até o abate, nos frigoríficos. A continuidade das exportações para os 27 países da União Européia vai depender do resultado da auditoria feita por uma missão de três grupos técnicos que estão no Brasil. Eles avaliam os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
A missão européia já esteve no Brasil em março e fontes do setor dizem que eles voltaram para a Europa insatisfeitos com o processo de rastreabilidade. Existe uma resistência do pecuarista em colocar o identificador em cada cabeça de gado, por conta do custo de R$ 3 a R$ 4 por animal. "São países exigentes com segurança alimentar, origem dos animais e o Brasil não pode ficar de fora. Será um desastre para a pecuária brasileira", alerta Eduardo Farina, vice-presidente do frigorífico Mataboi, em Araguari, Triângulo Mineiro, visitado pela missão. No ano passado, o Mataboi exportou 60% de sua produção, que chega ao abate de 1.200 animais por dia.
