A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com o Sebrae Nacional irá expandir o Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) para São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, com o segundo maior PIB per capita da Federação e um dos maiores polos econômicos da América Latina. Em reunião realizada nesta quarta-feira (23/11), o conselho de administração do Sebrae Nacional aprovou com unanimidade a inclusão.
O estado representa hoje o maior polo econômico do país e realiza apenas na capital cerca de 860 mil transações de cartão de crédito por dia, conta com 240 mil lojas, e 34 mil indústrias, além de outras cifras impressionantes quando o assunto é consumo. O estado também é polo do agronegócio brasileiro e sede de muitas empresas do setor suinícola. “Seu potencial consumidor como um todo, aliado a renda média de sua população configura São Paulo como um dos principais incentivos e propulsores para a continuidade e consistência das ações do PNDS em âmbito nacional”, comentou o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, ao receber a informação sobre a adesão.
A suinocultura paulista detém ainda 120 mil matrizes em seu território e representa o quinto maior estado produtor do país. Com um plantel geral de 2.880.000, São Paulo produz 2.850 milhões/ton./ano e alcança a fatia de quase 10% do total de suínos produzidos no Brasil. “O mercado paulista em sua magnitude vem oportunizar a aplicação da metodologia do PNDS em suas mais diversas ações e dentro deste escopo impulsionar o setor de varejo e em consequência aumentar em definitivo os padrões de consumo do brasileiro elevando o Brasil a números nunca antes alcançados no consumo interno de carne suína”, ressaltou Lopes.
Além da adesão ao PNDS, também recebeu a aprovação do Sebrae Nacional o Programa de Inovação Tecnológica Produtiva na Suinocultura que tem como objetivo reestruturar o Serviço de Registro Genealógico de Suínos (SRGS), com a implantação de um sistema digital que possibilitará o acompanhamento dos suínos por meio de chip eletrônico instalado nos brincos para orelha. “Esse é o primeiro passo para instituirmos na suinocultura brasileira o processo de rastreabilidade, que permite ao consumidor conhecer a procedência da carne suína adquirida”, explicou o diretor-executivo e médico-veterinário da ABCS, Fabiano Coser.
Para complementar o Manual de Boas Práticas Agropecuárias, a entidade produzirá também um novo material cientifico e tecnológico para a suinocultura brasileira. A publicação, já aprovada pelo Sebrae Nacional, complementará os treinamentos de qualificação profissional realizados pela parceria do PNDS com o Senar Nacional e também o Suintec. A expectativa é que o material esteja disponível no segundo semestre de 2012.