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Exportação

Expectativa na suinocultura

Abertura de novos mercados para suínos impulsionará volumes. Abipecs prevê retomada dos níveis históricos de exportações.

Expectativa na suinocultura

A expectativa da abertura de novos mercados para a carne suína, como Japão e Coreia do Sul, além do início dos embarques à China ainda neste mês pode trazer um ânimo para as exportações, em volume, da proteína em 2012.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, ainda não arrisca uma quantidade de carne suína a ser exportada no ano que vem, mas prevê a retomada dos níveis históricos, que eram por volta de 600 mil toneladas/ano.

“Acredito que Japão e Coreia do Sul vão autorizar os embarques de Santa Catarina no ano que vem. O volume a ser acrescentado será relevante, mas será um processo gradual. Talvez no primeiro ano consigamos um aumento de 100 mil toneladas”, afirmou o executivo em entrevista à Agência Estado. Para ele, Japão é um dos maiores mercados importadores da proteína e a China, para onde os embarques brasileiros começarão nos próximos dias, é o segundo maior e tem potencial de ultrapassar o Japão no ranking mundial.

No final de outubro, uma comitiva do Estado de Santa Catarina, com a presença do governador Raimundo Colombo (PSD) visitou o Japão e a Coreia do Sul para estreitar o relacionamento e tentar agilizar o processo de abertura dos mercados à proteína do Estado.

“Foi uma visita política importante e a presença do governador deu mais força às negociações, o que é fundamental. Ainda há trâmites técnicos a serem resolvido com os dois países, o que é de praxe. A Coreia ficou de dar uma resposta até o dia 10. Estamos otimistas”, comentou Camargo Neto.

Rússia

O presidente da Abipecs afirmou que mesmo com o embargo russo que já dura cerca de cinco meses, as vendas para outros países como Hong Kong e Ucrânia começam a compensar as perdas com a interrupção dos embarques ao país.

“Por conta do embargo russo vamos ter uma queda em volume em 2011, ficando abaixo das 540,417 mil toneladas exportadas no ano passado. Mas o comércio com esses outros países está fazendo com que possamos manter o volume mensal, o que é um indicativo de que estamos deixando de ser dependentes da Rússia”, explica Camargo Neto.

Para ele, a vinda de técnicos russos ao Brasil no fim do mês pode ajudar o Brasil a reverter o embargo. Essa independência com o mercado russo também será sentida nas vendas de final de ano.

“Normalmente, entre novembro e dezembro registrávamos uma queda significativa nas exportações, já que as vendas à Rússia eram mínimas devido ao congelamento dos portos. Esse ano, com a diversificação de mercados, poderá ser diferente e as vendas deverão ficar estáveis ante os meses anteriores”, disse Camargo Neto.