O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) usará a Expedição Safra Gazeta do Povo como indicador da produção agrícola na elaboração do próximo Plano Agrícola e Pecuário (PAP), que estabelece as diretrizes do setor. A afirmação foi feita pelo secretário nacional de Política Agrícola, Caio Rocha, durante o lançamento da expedição hoje (10), pela manhã, em Brasília.
O projeto, que este ano chega a sua 6ª edição, estima que a safra brasileira de grãos tem potencial para alcançar 170 milhões de toneladas no ciclo 2011/12 – um crescimento de 5% com relação ao ano passado. “Se as condições climáticas contribuírem temos esperança que a safra possa realmente chegar a 170 milhões. Esse foi o número que o Mapa fechou para o próximo Plano Safra”, disse Rocha, que representou o Mapa no evento e adiantou que a divulgação do próximo PAP deve ser antecipada para o começo do ano que vem.
A possibilidade da safra brasileira de grãos alcançar esse montante foi bem recebida pelos representantes do governo federal. Na ocasião, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse acreditar na expansão da safra brasileira de grãos e destacou a importância do projeto. “Trata-se de um importante auxílio para o desenvolvimento do agronegócio”, disse, lembrando que o setor representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Para o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Erikson Chandoha, as perspectivas são muito boas e como o clima, uma variável importantíssima para a agricultura, promete contribuir, a safra deve crescer no Brasil. “No campo é preciso contar com boas condições climáticas e já temos informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de que as chuvas serão bem distribuídas, por isso, a produção de grãos só tende a crescer”, explica Chandoha.
O lançamento contou com a presença de 80 lideranças políticas, representantes de órgãos públicos e entidades do setor, como a USDA (United States Department of Agriculture) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), além de empresários.