Redação (07/12/06) – As exportações brasileiras de carne suína in natura e industrializada tiveram um forte desempenho em novembro na comparação com o mesmo período do ano passado, com embarques de 52.535 toneladas, um aumento de 25,7% sobre as 41.782 toneladas em 2005. O volume, porém, foi 13% menor que as 60.483 toneladas embarcadas em outubro. Os números foram divulgados hoje pela Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Suína (Abipecs).
A receita das exportações de novembro foi de US$ 103,392 milhões, resultado 33% maior que os US$ 77,65 milhões obtidos em novembro de 2005. Em outubro a receita gerada pelos embarques foi de US$ 124,26 milhões.
De acordo com a entidade, o resultado das exportações de novembro permite estimar para o ano de 2006 um total de cerca de 534.000 toneladas exportadas, 81.000 a menos do que em 2005, uma redução de 14,56%. As vendas do Brasil têm sido prejudicadas desde o final do ano passado por conta dos focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e do Paraná. Os focos fecharam o mercado russo durante parte do ano. A Rússia liberou no decorrer do ano as compras do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso, mas mantém o embargo à Santa Catarina, maior produtor nacional de carne suína.
A perspectiva para 2007 é positiva, apesar do embargo russo, segundo a Abipecs. Há demanda no Japão, Coréia do Sul e México a forte demanda interna nos Estados Unidos e União Européia (UE) pode abrir espaço para a importação de carne brasileira.
No início do próximo ano autoridades brasileiras vão apresentar à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) os documentos que comprovam que Santa Catarina é um estado livre de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento desse status sanitário pela OIE é um passo importante para que o Estado brasileiro retome as exportações de carne suína para vários mercados.