O panorama das exportações gaúchas foi apresentado na manhã desta quarta-feira (21), pelos economistas da Fundação de Economia e Estatística (FEE), na sede da instituição, em Porto Alegre. O setor agropecuário registrou, no mês de abril, crescimento de US$ 146,7 milhões comparado ao mesmo período em 2013, sendo 38% em valor e 42,4% em volume.
Destaca-se também a expansão do segmento de alimentos e bebidas, com um acréscimo de 3,7%. O setor de refino de petróleo também apresentou crescimento de 3,6%, e o moveleiro, de 7,9%. Nos primeiros quatro meses de 2014, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 4,9 bilhões.
Os números apontam que o Estado é responsável por 7,1% do valor exportado pelo país. Nas tabelas computadas não consta ainda o volume de exportação de grão de soja, que passa a vigorar a partir do embarque da produção em junho. O produto é responsável pelo maior impacto no desempenho das exportações do Estado.
“Começamos a observar a safra de soja e estamos confirmando nossa expectativa de melhorar consideravelmente as estatísticas a partir do próximo trimestre. Outro aspecto positivo constatado é a indústria de alimentos, que vive um bom momento” explicou o economista Guilherme Risco, responsável pela apresentação formal do desempenho das exportações do RS pela FEE.
A China é o principal destino das exportações gaúchas – cresceu mais de US$ 3 milhões, 63% do valor exportado. Na sequência vem a Argentina e Estados Unidos. Foram intensificadas as relações comerciais com o Uruguai, com aumento de 16,4% nos negócios. Com o Paraguai, as exportações relacionadas ao setor de derivados do petróleo apresentam crescimento significativo de 4,9%.
Segundo Risco, a queda de US$ 357 milhões constatada nas exportações no Estado nestes quatro meses de 2014, que registraram uma evolução inferior de – 6,8% à do País é atribuída aos setores de fumo, veículos e químicos, na indústria e, na agricultura, o trigo. O produto teve um desempenho extraordinário em 2013 e este ano retoma ao patamar considerado pelos economistas como “normal”.
Outro fator que contribuiu positivamente para os cálculos do ano passado nas exportações do RS foi o incremento de três plataformas de petróleo e gás, orçadas em US$ 4,7 bilhões. Em 2014, esse efeito deixa de contribuir com o saldo exportador. Outra explicação para a conjuntura geral apresentada é a relação comercial com a Argentina, “que colocou barreiras e causou influencia negativa pela oscilação econômica que vive o país”, concluiu Risco.