A balança comercial brasileira atingiu um novo recorde no superávit acumulado. De janeiro a agosto de 2016, o saldo positivo chegou a US$ 32 bilhões. No mesmo período do ano passado, o superávit havia sido de pouco mais de US$ 7,3 bilhões. O recorde anterior foi registrado em 2006 (US$ 25 bilhões).Cresceram as vendas carne suína em 9,4%. Por outro lado, a carne de frango registrou um queda de 14,4%, a soja em grão também teve queda de 27,6%.
No acumulado de 2016, as exportações foram de US$ 123,575 bilhões, com retração de 4,9% em relação ao mesmo período de 2015, pela média diária. As importações, no período em análise, atingiram US$ 91,205 bilhões, o que representa queda de 25,5% sobre o mesmo período comparativo. A corrente de comércio – soma de exportações e importações – alcançou US$ 214,780 bilhões, representando queda de 14,9%, no mesmo período comparativo.
No mês de agosto, o superávit comercial foi de US$ 4,140 bilhões, valor 53,9 % superior ao alcançado no mesmo mês de 2015 (US$ 2,691 bilhões). De acordo com Herlon Brandão, este resultado é o segundo melhor para meses de agosto, ficando atrás apenas de 2016, quando o saldo comercial foi de US$ 4,554 bilhões.
No mês, as exportações foram de US$ 16,989 bilhões, com crescimento 0,2% sobre agosto de 2015 e queda de 5% em relação a julho deste ano, pela média diária. Brandão destacou essa leve alta das vendas externas e lembrou que o registro de crescimento também foi verificado nos meses de fevereiro e abril.
As importações foram de US$ 12,849 bilhões, com quedas de 8,3% em relação a agosto do ano passado 0,2% sobre julho último, também pela média diária. Sobre o comportamento das importações, Brandão destacou o fato de agosto ter registrado a menor queda mensal desde novembro de 2014, na comparação com o mesmo mês de ano anterior. A corrente de comércio do mês de agosto alcançou de US$ 29,838 bilhões. Houve diminuição de 3,7%, pela média diária, em relação a agosto 2015.
Exportações em agosto
No mês de agosto, em relação ao mesmo período de 2015, aumentaram as vendas de semimanufaturados (+13,6%) e manufaturados (+7,6%) e caíram as exportações de produtos básicos (-9,8%). No geral, o índice que mede os volumes exportados registrou aumento de 0,9% na comparação com agosto do ano passado, enquanto os preços dos produtos exportados caíram, em média, 0,7%.
No grupo dos básicos, foi registrada queda de exportações de soja em grão (-27,6%), carne bovina (-20,8%), carne de frango (-14,4%), petróleo em bruto (-13,8%), e café em grão (-9,1%). Por outro lado, cresceram as vendas de fumo em folhas (+20,1%), minério de ferro (+18,1%), e carne suína (+9,4%).
Os cinco principais compradores de produtos brasileiros em agosto de 2016 foram: China (US$ 3,007 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,389 bilhões), Argentina (US$ 1,242 bilhão), Países Baixos (US$ 835 milhões) e Reino Unido (US$ 504 milhões).
Os cinco principais fornecedores do Brasil, em agosto de 2016 foram Estados Unidos (US$ 2,298 bilhões), China (US$ 2,187 bilhões), Alemanha (US$ 877 milhões), Argentina (US$ 797 milhões) e Coreia do Sul (US$ 413 milhões).
Acumulado do ano
As exportações, no acumulado janeiro-agosto de 2016, registraram retração de 4,9% em relação a igual período de 2015. As vendas de produtos básicos caíram 9,2% e os manufaturados 1,1%, enquanto cresceram as vendas de semimanufaturados (+2%).
No grupo dos básicos, houve diminuição de receita de petróleo em bruto (-30,4%), café em grão (-24,8%), minério de ferro (-19,3%), minério de cobre (-18,7%), carne de frango (-6,4%), e farelo de soja (-5,3%) e cresceram as vendas de milho em grão (+63,2%), algodão em bruto (+27,7%) e carne suína (+6,4%).
Por mercados compradores, decresceram as vendas para os principais destinos como América Central e Caribe (-27,2%), Mercosul (-12,2%), Estados Unidos (-9,3%), África (-8,8%), União Europeia (-2,4%), e Ásia (-2,3%). Cresceram as vendas para Oceania (+6,2%).
Os principais países de destino das exportações, no oito primeiros meses deste ano foram China (US$ 27,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 15,0 bilhões), Argentina (US$ 8,8 bilhões), Países Baixos (US$ 7,3 bilhões) e Alemanha (US$ 3,2 bilhões).