O volume de carne suína in natura embarcado nos dois primeiros meses de 2016 e a receita em moeda nacional atingiram patamares recordes para o período, considerando-se a série da Secex desde 1997. O volume embarcado tem sido crescente, mas o aumento de mais de 80% no comparativo com o primeiro bimestre de 2015 foi obtido porque o desempenho, naquele período, foi o pior dos últimos 11 anos, prejudicado pela paralisação de caminhoneiros que limitou o transporte até os portos. Mesmo com as exportações ajudando a enxugar a oferta doméstica, os preços internos do animal vivo e da carne caíram no correr de fevereiro.
De acordo com colaboradores do Cepea, além da oferta, a pressão viria também das altas temperaturas, que inibem o consumo de carne suína. Por outro lado, com as fortes desvalorizações, a carne suína está bastante competitiva frente às concorrentes (frango e boi), e isso pode favorecer um reaquecimento da demanda. A maior disponibilidade de animais segue relacionada ao fato de muitos produtores, principalmente os independentes, terem adiantado a venda dos suínos, inclusive com peso abaixo do ideal, para abate, tendo em vista os elevados custos de produção.