As exportações brasileiras de carne suína in natura no mês de fevereiro atingiram 43,8 mil toneladas, o maior volume para o mês de fevereiro nos últimos cinco anos, conforme divulgou nesta terça-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume de carne suína embarcado para o exterior em fevereiro é praticamente o dobro do enviado no mesmo mês do ano passado, que fechou em 22 mil toneladas, e 12% superior ao volume exportado em janeiro desse ano, que teve 39,1 mil toneladas comercializadas no mercado internacional. Para se ter uma ideia da melhora do desempenho da carne suína no mercado externo, nos dois primeiros meses de 2016 já foram vendidas no exterior mais carne suína que nos três primeiros meses do ano passado.
Em relação ao comércio internacional de carnes, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), divulgou em seu relatório USDA Agricultural Projections to 2025, que a exportação mundial de carnes vai crescer 5,7 milhões de toneladas nos próximos 10 anos. O maior incremento será nas exportações mundiais de carne bovina, que vão crescer 2,7% ao ano num total de 2,3 milhões de toneladas, seguido pelas exportações de carne de frango, que acumularão 2,3% de aumento por ano, num total de 2,2 milhões de toneladas, e por fim a carne suína que vai ter suas exportações aumentadas em 1,2% ao ano, num volume total de 1,2 milhão de toneladas nos próximos 10 anos.
Também de acordo com o USDA, China e México serão os países que vão apresentar as maiores taxas de crescimento nas importações de carne suína na próxima década. A China vai aumentar em 34% suas importações entre 2016-2025, atingindo o volume de 1,1 milhão de toneladas importadas por ano, perdendo apenas para Japão e México. Junto com Hong Kong vai aumentar suas compras em 400 mil toneladas neste período. O México vai se tornar o maior importador mundial de carne suína, superando o Japão. Nos próximos 10 anos o país vai aumentar em 309 mil toneladas as aquisições de carne suína. A importação da Rússia vai declinar 43% nos próximos 10 anos, refletindo a política de estímulo à produção doméstica. De acordo com a instituição americana, o Brasil pode atingir o volume de 829 mil toneladas de carne suína comercializada no mercado externo em 2025.
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