Redação (21/03/07) – Enquanto os Estados Unidos mantêm a mesma média de exportação de carne de frango, em torno de 2,5 milhões de toneladas/ano desde 2001, o Brasil cresceu 120% no período, saltando de 1,2 milhão para 2,7 milhões de toneladas em 2006. Este ano, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) estima ainda um crescimento de 15%, chegando a 3,2 milhões/toneladas.
O gerente de relações internacionais da Abef, Christian Lohbauer, destacou em sua apresentação na Ave Expo 2007, realizada no início do mês, que as quedas de preços e no volume de exportações em 2006 foi atípico. "A gripe aviária reduziu o consumo de carne em todo o mundo. Mas a estocagem em mercados importantes, como Japão e Arábia Saudita, e o embargo da Rússia ao Rio Grande do Sul também influenciaram", analisou.
Mas se por um lado alguns mercados se fecharam, novos países passaram a comprar o frango brasileiro, como África do Sul, Venezuela, China e Coréia. "O desempenho nos primeiros meses deste ano foi além do que o setor imaginava", confirmou Lohbauer. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, o Brasil exportou 157 mil toneladas de carne de frango. No mesmo período de 2006, foram 141 mil toneladas.
Restrições
"Quando há confirmação de gripe aviária, apenas o país onde foi notificado o caso sofre restrição", explica o consultor da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Carlos Teixeira da Silva. No início houve temor por parte dos consumidores. "Ninguém sabia ao certo seus efeitos, por isso o consumo caiu." No ano passado, o Brasil exportou 5% menos, ante 2005. Entretanto, Silva acredita que a notícia de novos focos da doença, hoje, já não prejudica o produtor. As informações são de O Estado de S. Paulo/Agrícola.