Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Exportação

Exportação de frango a árabes é recorde em 2013

O bloco de países está importando produtos mais elaborados do Brasil, como os cortes de frango congelado, que têm maior valor agregado.

Exportação de frango a árabes é recorde em 2013

As exportações brasileiras de carne de frango para os países árabes, que representam o maior mercado para o produto nacional, foram recorde em 2013, tanto em receita (valor em milhões de dólares) quanto em quantidade (volume em toneladas). As vendas de aves somaram quase US$ 3,2 bilhões, um avanço de aproximadamente 12% sobre 2012. Vale destacar o crescimento do valor exportado, que aumentou mais que proporcionalmente ao volume embarcado, que cresceu 3%.

“Influenciou esse desempenho o acréscimo de 16,4% no faturamento com a comercialização do produto cortes de frango, uma mercadoria mais elaborada, que chegou a quase US$ 1 bilhão. São produtos com maior valor agregado do que a ave inteira”, afirmou o diretor geral da Câmara Michel Alaby.
Sozinhas as 22 nações da Liga Árabe consomem 40% do total de exportações de frango brasileiro para o mundo, que também registraram aumento de 3% no último ano. Maior parceiro comercial do Brasil dentro do bloco árabe e responsável por quase 50% das importações do produto entre os países da região, só a Arábia Saudita comprou, em 2013, quase US$ 1,5 bilhão, apresentando crescimento de quase 20%. Em segundo lugar no ranking de importação da carne de frango brasileira, estão os Emirados Árabes Unidos.
Alaby citou ainda alguns produtos que entraram na pauta, como limões e álcool farmacêutico, e destacou o forte aumento das vendas de ouro. O Brasil exportou o equivalente a US$ 108,34 milhões em ouro, um acréscimo de 103% em relação a 2012. Os árabes apreciam o metal não só para a confecção de joias, mas como investimento, e o trabalho de ourivesaria é tradicional na região. “O trabalho artesanal é feito todo lá”, observou Alaby.
Entre os principais destinos das mercadorias brasileiras no mundo árabe, subiram as vendas pra os Emirados Árabes Unidos (5,4%) e Argélia (2,6%). Caíram, no entanto, os embarques para a Arábia Saudita (5,4%), Egito (18,8%) e Omã (2%). O diretor-geral da Câmara Árabe afirmou que, preocupados com a questão da segurança alimentar, os árabes vão continuar a importar grandes quantidades de todos os cantos do mundo.
Ele estima que a demanda por alimentos na região vai aumentar de 5% a 6% este ano. Na região do Golfo, o avanço poderá ser de 4% para importações totais em torno de US$ 50 bilhões. “O cenário internacional vai exigir um pouco mais de promoção das empresas brasileiras”, ressaltou. Entre os produtos que podem ter grande sucesso na região ele aposta em chocolates, balas, geleias, sucos e frutas, principalmente as tropicais.