As exportações de milho estão aceleradadas em agosto, com o país tendo exportado em 11 dias úteis mais que o dobro do embarcado em julho, enquanto as vendas externas de soja continuam aquecidas, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nesta segunda-feira.
O balanço das exportações até a terceira semana do mês aponta um volume de 1,37 milhão de toneladas de milho, contra 592 mil toneladas no total de julho.
A procura pelo produto brasileiro, no entanto, é um pouco menor que a registrada um ano atrás, quando o mercado global ainda sofria escassez após uma quebra de safra nos Estados Unidos.
O ritmo atual de embarques está em 124,5 mil toneladas por dia, contra 138,6 mil toneladas/dia em agosto de 2013.
O Brasil está terminando de colher uma enorme safra de milho na temporada 2013/14, que ficará apenas 3,6 por cento abaixo do recorde de 81,5 milhões de toneladas de 2012/13, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Especialistas dizem que o Brasil precisará vender um grande volume do cereal, da ordem de 20 milhões de toneladas, para liberar espaço nos armazéns para a soja que será colhida a partir de janeiro e fevereiro de 2015.
Do início da temporada, em fevereiro, até agora o Brasil embarcou 4,38 milhões de toneladas de milho, segundo dados da Secex.
SOJA
A safra recorde de soja colhida no primeiro semestre mantém seu fluxo rumo aos compradores internacionais, com embarques diários de 219,5 mil toneladas por dia em agosto, contra 262,8 mil toneladas/dia em julho e 244,4 mil toneladas/dia em agosto de 2013.
É habitual que as exportações da oleaginosa desacelerem ao longo do segundo semestre, com a gradual redução dos estoques após um pico de embarques em abril, logo após a colheita.
No acumulado dos 11 primeiros dias úteis de agosto, já foram exportadas 2,41 milhões de toneladas do grão.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) elevou nesta segunda-feira sua estimativa de exportações de soja em 2014, para 45 milhões de toneladas, ante 44 milhões da projeção de julho, citando o bom ritmo de embarques registrados até o momento como uma das justificativas para o ajuste.