Redação SI 23/04/2003 – As exportações brasileiras de carne suína registraram elevação de 40,69% entre os meses de janeiro e março, na comparação com o mesmo período de 2002. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras e Produtoras de Suínos (Abipecs) foram embarcadas 116,4 mil toneladas no trimestre contra 82,75 mil t de 2002. Os números serão apresentados hoje pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Adão José Braun, no primeiro dia do Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura que ocorre até quinta-feira em Belo Horizonte. Destacaram-se no período dois tradicionais mercados: a Argentina, que começa a sair da crise lentamente, importou 10,2 mil t, uma elevação de 312,20%; e Hong Kong, com alta de 81,59%, totalizando 17,7 mil t.Para a Rússia houve incremento de 5%, totalizando 68,8 mil t devido ao desempenho negativo de março, prejudicado pelo sistema de cotas de importação. Outro indicador positivo são os novos mercados, como a Bulgária, que comprou as primeiras 788t de carne suína brasileira, a África do Sul, Angola, Cingapura e Alemanha.
O Rio Grande do Sul fechou o primeiro bimestre quando o mercado estava paralisado como reflexo da aftosa. Em janeiro, as exportações foram de 21,9 mil t, elevação de 1.160%. Em fevereiro, de 29,8 mil t, 1.379% mais. Segundo o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Suínos, Rogério Kerber, a Rússia liderou as compras de carne suína. O desempenho ameniza em parte a crise no mercado doméstico pela soma da superoferta de carne e alta dos custos produtivos. Desde 2000, a produção nacional vem subindo e chegou, ano passado, a 2,87 milhões de t.