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Exportação

Exportação de suíno depende do governo

Apesar da abertura do mercado chinês há meio ano, os três frigoríficos habilitados para exportação ainda esperam por normativa do Ministério da Agricultura (Mapa) para viabilizar embarques de cortes suínos.

Apesar da abertura do mercado chinês há seis meses, os três frigoríficos habilitados ainda aguardam a publicação de uma instrução normativa do Ministério da Agricultura (Mapa) para viabilizar os embarques de cortes suínos para aquele país. A Cooperativa Aurora, de Chapecó (SC), já alojou 4.300 animais para o abate previsto para janeiro, mas o clima é de incertezas. Sem o aval do Mapa, as negociações não avançam. “Hoje, está tudo no escuro. Não sabemos o que e nem quanto vamos vender”, afirma o diretor de Agropecuária da cooperativa, Marcos Zordan. O cumprimento das exigências dos chineses, como alojamento, abate e armazenamento segregados, além da rastreabilidade, também tornam o processo oneroso. Com isso, o preço do quilo vivo para a indústria, de R$ 2,35, sobe quase 15%. A expectativa é que, após os primeiros embarques, o volume aumente, diluindo custo. “É um investimento, porque hoje não é um bom negócio.” Otimista, o Marfrig, que possui planta autorizada em Itapiranga (SC), espera embarcar já no mês que vem. A outra planta liberada é da Brasil Foods, de Ouro Verde (GO). O secretário de Relações Institucionais do Mapa, Célio Porto, não foi localizado para falar sobre a morosidade.

De fora da primeira leva, os gaúchos mobilizam-se. Segundo o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, aposta numa missão oficial do Estado à China em 2012, pedido feito ao governador Tarso Genro. Inicialmente, 26 plantas do país apresentaram interesse em exportar para o país, sendo dez no RS. “Somos qualificados e temos condições de oferecer as garantias necessárias.”

Ontem, contrariando as expectativas setoriais, a visita da presidente Dilma Rousseff não reverteu o embargo da África do Sul ao Brasil, em vigor desde 2005, após focos de aftosa no país. O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, lamentou.