Redação (09/11/06) – Com relação a setembro (embarque de 52.076 toneladas), houve aumento de 16,14%. A receita apurada em outubro ficou estável, com um pequeno aumento de 1,99% para US$ 124,3 milhões no último mês contra US$ 121,8 milhões em outubro de 2005. Com relação a setembro (US$ 101,7 milhões) houve aumento de 22,2% na receita.
Os números foram divulgados hoje pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Pedro de Camargo Neto, presidente da entidade, considerou bom o volume exportado em outubro. “O resultado é bom mesmo quando comparamos aos embarques de 2005, quando não tivemos problemas com a aftosa”, disse. Sua expectativa é que as vendas se mantenham aquecidas em novembro.
A Rússia seguiu como principal comprador de carne suína do Brasil no período. Em outubro foram exportadas 34.665 toneladas do produto para aquele mercado, o que representa uma queda de 26% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O balanço divulgado pela Abipecs mostra que a receita obtida pelo Brasil com a exportação de carne suína nos primeiros dez meses do ano registrou uma queda de 15,86% em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a outubro, a receita acumulada foi de US$ 850 milhões frente a US$ 1 bilhão em 2005. O volume embarcado de carne suína teve uma retração similar.
A queda na receita e no volume embarcado neste ano deve-se ao embargo russo à carne de vários estados brasileiros. Para tentar reverter a situação uma missão de técnicos brasileiros, liderada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior viajará para Moscou no próximo sábado, dia 11. A missão insistirá na necessidade de retomada das vendas de carne suína de Santa Catarina, maior produtor de suínos do Brasil e o Estado mais prejudicado pelo embargo da Rússia.