Apesar de governo brasileiro ter anunciado, na última terça-feira, que a Argentina liberou as importações de carne suína, até ontem (23) à noite, nenhuma empresa argentina havia conseguido a guia de importação junto ao governo dos hermanos. A indústria vizinha trabalha com 25% menos de sua capacidade devido à falta de matéria-prima. Desde o embargo, em fevereiro, o Brasil deixou de embarcar 12,4 mil toneladas para aquele destino. O Ministério da Agricultura do Brasil lavou as mãos, informou que a partir de agora a negociação é direta entre importador e exportador.
Entidades irritaram-se com os governos. “Parece que, mais uma vez, o Ministério da Agricultura anunciou algo que efetivamente não acontece. Como é que a negociação vai ser entre importador e exportador, se as empresas não conseguem, junto ao governo, as declarações exigidas?”, questiona o presidente da Abipecs, Pedro Camargo Neto. A dúvida, segundo o diretor-executivo do Sips, Rogério Kerber, é como operacionalizar as transações. “Ainda não sabemos se vai cair ou não a declaração juramentada de importação, o que tem travado as transações comerciais.”