Redação (03/04/07) – Os níveis atuais estão próximos à capacidade total das granjas: 420 milhões de pintos em março, segundo as estimativas do setor. O volume é 23% superior ao mesmo período de 2006 e próximo aos patamares do final de 2005 – 416 milhões de pintos – até então o melhor ano das indústrias de frangos do País. No acumulado do ano, o alojamento é 10,5% superior ao mesmo período de 2006.
"Estamos voltando aos patamares de 2005", diz José Carlos Godoy, secretário executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Cortes (Apinco). Ele lembra que os resultados deste trimestre não podem ser comparados com os do mesmo período do ano passado, quando o setor vivia a "crise da gripe aviária", ocasião em que as exportações caíram e a oferta de frango no mercado interno cresceu. Quando o alojamento é comparado com 2005, a expansão é de 12,4%.
Segundo ele, não existe sobreoferta de pintos, pois a maior disponibilidade é absorvida pela mercado externo. O analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado, acrescenta que o País só não está alojando mais pintos porque o mercado não está acompanhando – apenas 25% da produção vai para o mercado externo. Neste primeiro trimestre, por exemplo, a maior disponibilidade de outras carnes reduziu as cotações do frango. "A queda no preço foi motivada pela disputa com a carne bovina e também o poder aquisitivo do consumidor", acrescenta Godoy. Em um mês, as cotações recuaram 30% em dólares.
"Os resultados da exportação são favoráveis para o aumento do alojamento", afirma Molinari. Apenas o desempenho de março, em volume, é 33% maior que o embarcado no mesmo período de 2006. O que indica que o alojamento tende a continuar crescendo. Além disso, segundo ele, o milho tecnimicamente mais barato, devido ao excesso de oferta (ver matéria acima) também pode favorecer o aumento alojamento dos animais.