As exportações mineiras de carnes, no primeiro trimestre de 2013, somaram US$ 234,8 milhões, aumento de 20,2% em relação à receita obtida no período correspondente do ano passado, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Segundo a assessora técnica Márcia Aparecida de Paiva Silva, as vendas externas de carne bovina responderam pelo maior montante do grupo, referente a US$ 97,2 milhões, variação positiva de 37% na comparação com o primeiro trimestre de 2013.
Os principais destinos das exportações de carne bovina (Rússia, Hong Kong e Israel) elevaram as suas compras em 23,3%, 41,0% e 50,9%, respectivamente, o que contribuiu para o crescimento da receita cambial mineira.
As exportações de carne de frango e suína foram incrementadas em 22,5% e 20,2%, respondendo pelo montante de US$ 87,9 milhões e US$ 30,2 milhões, respectivamente. A receita de vendas de carne bovina, de frango e suína respondeu por 91,7% do montante exportado por todas as carnes.
Na pecuária, Márcia Silva destaca ainda o bom desempenho dos embarques de animais vivos. No primeiro trimestre de 2013, a receita de exportação desse segmento subiu 1.754,9% em relação ao período correspondente do ano anterior e atingiu US$ 3,6 milhões. “Os embarques de bovinos lideraram as vendas externas desse segmento e foram destinados exclusivamente a Angola”, acrescenta.
De acordo com a assessora, o grupo carnes responde por 14,7% das exportações do agronegócio mineiro, ocupando a segunda colocação atrás do café. Já o complexo sucroalcooleiro está na terceira posição, 14,3%, e produtos florestais ocupam o lugar seguinte, com 9,8%), todos com crescimento da receita de vendas.
Os dados do primeiro trimestre deste ano também mostram a perspectiva de recuperação das vendas externas de frutas e derivados, que cresceram 11,7% e atingiram US$ 1,2 milhão. Márcia Silva dia que as exportações desse segmento foram lideradas pelos embarques de limão que tiveram receita de US$ 884,4 mil. O aumento de 404,6% das importações do Reino Unido contribuiu para a expansão das vendas da fruta.
Recuo do café
Para Márcia Silva, o bom desempenho desses setores ajudou a reduzir o quadro negativo das exportações do agronegócio mineiro em geral entre janeiro e março de 2013. O desempenho da receita global do setor no período (US$ 1,6 bilhão) foi 13,3% inferior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado. Esta retração foi muito influenciada pelas vendas externas de café e derivados (52,3% das exportações do agronegócio mineiro), que entre janeiro e março deste ano foram de US$ 833,0 milhões, cifra 25,1% menor do que a registrada em idêntico período de 2012.
A redução das compras dos principais países importadores de café, a exemplo de Alemanha, Estados Unidos, Japão e Itália, contribuiu para esse resultado. As cotações internacionais também estão enfraquecidas: entre o primeiro trimestre de 2012 e 2013, o valor da tonelada do produto embarcado passou de US$ 4,76, para US$ 3,26, redução de 31,6%.
Já as vendas externas exclusivamente de março mostram resultados positivos para as exportações do agronegócio estadual em comparação ao mês anterior, com expressiva participação do café. A receita de vendas registrou crescimento de 12,5%, chegando a US$ 532,7 milhões, com as vendas externas de café e derivados apresentando expansão de 10,8% e o montante de US$ 272,0 milhões. “Esse resultado foi impulsionado pelo aumento das importações dos Estados Unidos, Japão e Bélgica (respectivamente, segundo, terceiro e quarto principais destinos)”, ressalta a assessora.
Márcia Silva ainda destaca o comportamento das exportações do complexo soja. A receita de vendas desse segmento cresceu 1.454,7%, comparando-se fevereiro e março de 2013 e atingiu US$ 29,1 milhões. O aumento de 1.455,0% das exportações de soja em grão contribuiu para esse bom resultado.
Exportações /MG – janeiro a março 2013X Janeiro a março de 2012
Total: US$ 1,6 bilhão (- 13,3%)
Frutas e derivados: US$ 1,2 milhão (+11,7%)
Café: US$ 833,0 milhões (-25,1%)
Grupo Carnes: US$ 234,8 milhões (+ 20,2%)
Bovina: US$ 97,2 milhões (+ 37,0%)
Frango: US$ 87,9 milhões (+22,5%)
Suína: US$ 30,2 milhões (+20,2%)
Animais vivos: US$ 3,6 milhões (+1.754,9%)