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Exportação por Paranaguá

<p>O porto de Paranaguá, no Paraná, recupera a liderança na exportação de soja. No ano passado, o destaque foi o porto de Santos.</p>

Redação (29/05/07) –  No ano passado, Santos exportou sete milhões de toneladas de soja contra quatro milhões de Paranaguá. No entanto, nos quatro primeiros meses deste ano a curva se inverteu: a exportação em Santos caiu 22%, e em Paranaguá subiu 18,5%.

A explicação pode estar no escoamento da soja transgênica. Por mais de um ano o governo do Paraná proibiu o embarque de soja geneticamente modificada por Paranaguá. A autorização só saiu no último trimestre do ano passado, depois de uma determinação da justiça.

Hoje a administração do Porto reconhece: a disputa pode ter assustado alguns exportadores que foram procurar outros portos. “Superados esses momentos, essa soja naturalmente veio para Paranaguá, veio para o nosso porto por uma questão de competência logística, vantagem econômica de menores custos, de geração de maior renda no campo e para os exportadores”, avalia Daniel Oliveira de Souza, gerente de planejamento do porto de Paranaguá.

Para a administração do porto, a determinação da justiça, que desde o ano passado obriga o porto de Paranaguá a exportar soja transgênica, não teria assim tanta importância nesse crescimento.

Toda a exportação é feita pelos terminais privados do porto. Os administradores não divulgam em quanto o volume de transgênicos exportados é maior do que o de soja convencional.

Para o analista de mercado Tony Silva, o porto de Paranaguá só recuperou a liderança nas exportações de soja porque voltou a embarcar transgênicos. “Depois de muitas liminares obrigando o governo paranaense a embarcar soja transgênica, finalmente está voltando uma certa movimentação, com muita dificuldade ainda”.

Nos quatro primeiros meses deste ano, as exportações de grão, farelo e óleo de soja somam US$ 2,8 bilhões, 11% a mais em relação ao mesmo período de 2006.