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Exportação recorde

<p>Exportação de frango bate recordes no ano, mas crise nos EUA preocupa.</p>

Redação AI (16/08/07) – As exportações brasileiras de carne de frango registraram o melhor resultado de todos os tempos no período de janeiro a julho. No entanto, a crise no setor imobiliário americano, que pode levar a uma desaceleração da economia mundial, traz incerteza às indústrias do setor, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef). 

No acumulado de janeiro a julho, os embarques de carne de frango totalizaram 1,828 milhão de toneladas, volume 28,06% superior ao registrado em igual intervalo de 2006 e 13% acima do verificado no mesmo período de 2005 – até então o melhor ano para o setor. Em receita, as vendas somaram US$ 2,585 bilhões, 54,63% mais que em 2006 e 40% acima do resultado de 2005, considerando sempre o mesmo intervalo de tempo. 

"O crescimento ficou acima das expectativas. Se repetir agora o resultado obtido no segundo semestre, as exportações superarão US$ 4 bilhões, o que seria fabuloso", afirmou Christian Lohbauer, presidente interino da Abef. Em 2006, o setor faturou US$ 3,2 bilhões com exportações. Segundo Lohbauer, o resultado deve-se ao aumento nos preços internacionais do frango, causado pelo aumento da demanda global por carnes e pela alta nos preços do milho (principal matéria-prima para rações). No caso brasileiro, Europa, China e Oriente Médio elevaram as compras. 

Para o mês de agosto, a Abef estima que haverá aumento nos embarques, por conta da aproximação do Ramadã nos países de religião muçulmana e da chegada do clima frio no Hemisfério Norte. "Historicamente, as exportações aumentam em volume no segundo semestre. Tudo leva a crer que teremos resultados recordes", afirmou. Lohbauer observou ainda que houve forte crescimento nas exportações de frango salgado, por conta do novo regime de cotas da União Européia, que começou a vigorar em julho. 

Preocupam, no entanto, as perspectivas de uma desaceleração econômica mundial por conta da crise no setor imobiliário nos Estados Unidos, que já tem afetado as bolsas de valores. Lohbauer observou que os maiores frigoríficos brasileiros têm ações em bolsas internacionais e já sofrem impacto financeiro. "Há indicações de que a economia global vai desacelerar, mas é difícil prever os seus efeitos."