O mês de março registrou uma significativa redução nas exportações de carne de frango e derivados pelo Rio Grande do Sul, marcando o maior declínio desde o início do ano, conforme divulgado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Enquanto o Brasil como um todo apresentou seu melhor desempenho anual, com 418,1 mil toneladas enviadas ao exterior, o estado gaúcho viu suas exportações caírem 23,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 56,8 mil toneladas.
Esse recuo segue uma tendência negativa que começou no final do ano passado, após enchentes no Vale do Taquari, uma área crucial para a produção avícola do estado, levando a uma diminuição anual de 2,13% nas exportações de frango e derivados em 2023. A recuperação vista em fevereiro não foi suficiente para equilibrar as contas, resultando em um déficit de 0,5%.
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Ricardo Santin, presidente da ABPA, atribui a queda a um fenômeno de mercado atípico vivenciado pelo setor no ano anterior, quando as exportações ultrapassaram a marca de 500 mil toneladas.
Apesar da redução, o Rio Grande do Sul mantém a terceira posição entre os estados exportadores de carne de frango do Brasil, atrás do Paraná e Santa Catarina. A nível nacional, a diminuição foi de 18,8% em relação a março de 2023, com uma receita de exportação de 751,3 milhões de dólares, 23,4% inferior ao ano anterior.
Os principais destinos das exportações incluem os Emirados Árabes Unidos, China e Arábia Saudita, com o Oriente Médio se destacando por um aumento nas compras de carne de frango, segundo Luis Rua, diretor de Mercados da ABPA.
No acumulado do primeiro trimestre, o Brasil exportou 1,2 milhão de toneladas de carne de frango, um volume 7,2% menor que no mesmo período de 2023.
