O governo do México deve responder até esta quarta-feira (7/8) sobre o retorno das importações de frango do Brasil, que foram suspensas temporariamente após a confirmação de um caso da doença de Newcastle em uma granja de Anta Gorda (RS) no mês passado, disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.
Mais Sobre a Doença de Newcastle:
- Segundo Carlos Fávaro, 120 países que tiveram as compras de frango embargadas em algum nível já retomaram as importações.
- Exportação de frango para China deve ser retomada em breve, diz ministro.
- Estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul foi estabelecido em 18 de julho em função do foco da doença de Newcastle.
- Ministério declara fim da emergência por Newcastle no RS.
“Com a ajuda do Itamaraty, tivemos uma reunião ontem com o órgão de controle do México e devemos ter uma resposta entre hoje e amanhã. Estou muito otimista, eles entenderam, não há nenhuma questão técnica a ser vencida, é mais uma formalização”, afirmou a jornalistas nos bastidores do Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs).
Segundo Perosa, a China mandou um comunicado ontem ao governo brasileiro dizendo que recebeu todas as informações necessárias sobre a ocorrência de Newcastle e agora deve processar para dar o retorno.
“Estou muito confiante, tanto com a China quanto com o México. Eu não tenho dúvida nenhuma que em breve teremos os dois mercados abertos”, enfatizou. Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também havia citado durante o evento que a expectativa é de retornar em breve os embarques aos mercados chinês e mexicano.
Nesta terça-feira, uma portaria publicada no Diário Oficial da União definiu como zonas de restrição à exportação de aves vivas, seus produtos e material genético avícola gaúchos as áreas no raio de 10 quilômetros a partir do foco, detectado no município gaúcho de Anta Gorda. Antes, a área de restrição alcançava os cinco municípios ao redor da cidade atingida.
O Ministério da Agricultura informou à Globo Rural que estão sendo providenciadas todas as informações técnicas necessárias para que haja uma reavaliação de risco e a redução das restrições para o raio de 10 km ao redor da propriedade onde o foco foi notificado. As informações foram enviadas para México, China e Argentina, que ainda restringem as exportações de carne de aves de todo o país, e para aqueles que restringem produtos do Rio Grande do Sul, como Rússia e Arábia Saudita.
“Essa é uma redução considerável na área de restrição e reflete a ausência de novas suspeitas de foco”, disse a pasta em nota.
No dia 31 de julho, o Departamento de Saúde Animal atualizou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) com um relatório das ações de vigilância realizadas na região, destacando a ausência de novas suspeitas de casos da doença, o que justificou a limitação da área de restrição às exportações.