Especialistas da União Europeia (UE) preveem uma produção de 20,77 milhões de toneladas de carne suína para este ano, uma leve redução de 0,5% em comparação ao ano anterior. No entanto, o primeiro semestre de 2024 registrou um aumento de 1,7% na produção em relação ao mesmo período de 2023.
Entre os países, a Polônia teve o maior crescimento, com um aumento de 9% na produção (+77.000 t), seguida pela Hungria (+8,3%) e pela Alemanha (+0,9%). Já a Espanha, principal produtora de carne suína da Europa, teve uma leve queda de 0,2% (-5.000 t). Apesar da redução no número de abates na Dinamarca, o peso médio das carcaças aumentou, compensando a queda no abate (+17.000 t, +2,5%).
O consumo de carne suína na UE permaneceu estável em 2024, sem o aumento habitual durante o verão. A expectativa é de uma leve queda no consumo per capita, com previsão de 30,9 kg até o final do ano, e espera-se que essa tendência se mantenha em 2025.
A exportação de carne suína da UE enfrenta um cenário desafiador. Estima-se que as exportações cheguem a 2,93 milhões de toneladas em 2024, uma redução de 2,5% em relação a 2023. Para 2025, a previsão é de mais um declínio, com as exportações atingindo 2,87 milhões de toneladas (-2%).
A China, principal destino, registrou uma queda significativa nas importações (-27%), assim como o Reino Unido (-3%). A forte concorrência de países como Brasil e Estados Unidos impactou a presença da UE em mercados de alto valor, como Japão e Austrália, apesar de ganhos na Coreia do Sul e nas Filipinas.
Entre janeiro e junho de 2024, as importações de carne suína pela UE aumentaram ligeiramente (+1% ano a ano), com o Reino Unido representando 2/3 das importações. No entanto, a demanda por carne suína do Reino Unido deve diminuir em 2025, o que pode levar a uma queda de 2% nas importações da UE no próximo ano.
Fonte e tradução: Pig Progress