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Exportações brasileiras de frango

Exportadores de frango abrem luta contra medidas da UE.

Redação AI 02/09/2002 – As novas regras da União Européia (UE) com um novo nível de sal no produto, para importação do filé de frango deverão afetar as exportações brasileiras de frango dentro de 60 dias, quando entrar em vigor. Os exportadores do Brasil preparam, no momento, um documento de defesa do setor para o governo brasileiro, que deverá tomar medidas junto à União Européia e à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Neste mês de setembro, representantes do setor privado brasileiro devem se encontrar com os produtores de frango tailandeses, também para traçar uma estratégia de ação em conjunto. O encontro deverá ser em Bruxelas ou Londres. O tailandeses venderam à UE, no ano passado, 121.000 toneladas de filé de frango salgado e congelado, contra 75.150 toneladas em 2000.

As novas regras da União Européia aumentaram o nível de sal do frango congelado, alterando simultaneamente as alíquotas de importação. Em outras palavras, todo frango que entrar no mercado comunitário com até 1,9% de sal pagará 33% de tarifa. A partir desta quantidade de sal, as alíquotas baixam para 15,4%. O novo teor de sal estabelecido, invializa as exportações do peito de frango congelado, que antes entrava na Europa com um teor de sal de até 1,6%, garantindo ao produto alíquotas de 15,4%.

No ano passado, o Brasil alcançou números de negócios que o colocaram no ranking mundial como o segundo exportador de carne de frango, com uma fatia no mercado internacional de 18%. Foram cerca de 1,3 milhão de toneladas vendidas ao exterior, representando um crescimento de 38% em relação aos volumes exportados no ano anterior. No primeiro semestre deste ano, o setor exportou à Europa 116.994 toneladas de frango em pedaços. Deste volume, 75% ou 87.745,5 toneladas são de peito de frango salgado e congelado. Os países da UE são o terceiro cliente brasileiro, depois do Oriente Médio e da Ásia.