Redação (11/10/06)– O balanço divulgado hoje pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) mostrou que o País embarcou 528,2 mil toneladas de carne suína in natura e industrializada em 2006, volume 15,5% abaixo do apurado em 2005, de 625,07 mil t. A receita das exportações recuou 11,2% para US$ 1,04 bilhão frente a US$ 1,17 bilhão em 2005.
O importador liberou as compras de Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul, mas mantém até hoje o embargo a Santa Catarina, maior produtor brasileiro de suínos.
Apesar dos embargos, o mercado russo seguiu como o principal destino da carne suína brasileira, respondendo por 51% do acumulado do ano. Na comparação ao ano anterior, a queda nos volumes embarcados para a Rússia foi de 33,86% (267.689 toneladas em 2006 contra 404.738 em 2005). A retração da receita foi de 22,74% (US$ 622,3 milhões em 2006 ante US$ 805,4 milhões no ano anterior). Contudo, o preço médio por tonelada embarcada para a Rússia apresentou um aumento de 5,10% na comparação dos dois anos.
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Segundo a Abipecs, na contramão da Rússia outros compradores aumentaram suas aquisições de forma expressiva. As exportações para Hong Kong aumentaram 21%, para a Ucrânia o aumento foi de 130%, Cingapura 52% e, para a Argentina, 11%. Esses países somados à Rússia compraram 83% do total de carne suína exportada pelo Brasil em 2006 e responderam por 85% da receita gerada com essas exportações. Nesta semana a Argentina anunciou que vai controlar as importações de carne suína do Brasil, mas o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, não prevê impacto no comércio entre os dois países, embora critique mais esta restrição.
Por conta do embargo russo, o Rio Grande do Sul superou Santa Catarina como maior exportador de suínos do País. Em 2006 o Estado embarcou 256,1 mil toneladas de carne, quase metade do total brasileiro, e obteve receita de US$ 580 milhões. Santa Catarina ficou em segundo lugar com embarque de 185.845 mil t e receita de US$ 310,64 milhões.
