As exportações brasileiras de carne suína renderam US$ 93,08 milhões em abril, queda de 21,5% na comparação com a receita de US$ 118,66 milhões obtida em igual período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria de carne suína. Em volume, os embarques de carne suína ao exterior também caíram no mês passado. Ao todo, foram exportadas 41,36 mil toneladas, redução de 2,96% ante as 42,62 mil toneladas exportadas em abril do ano passado, de acordo com os dados divulgados hoje pela associação. Apesar da queda, o presidente da ABPA, o ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, observou que o ritmo de queda vem se reduzindo, o que reflete a melhora gradual das compras da Rússia, maior importador do produto brasileiro. “A redução dos níveis de queda mostra uma mudança no fluxo, que poderá voltar a ser positiva nos próximos meses”, afirmou Turra.
Em abril, as exportações para a Rússia renderam US$ 43,09 milhões, queda de 11,38% ante os US$ 48,62 milhões reportados no mesmo período do ano passado. O volume exportado, porém, teve alta de 26,1% na mesma base de comparação, totalizando 16,47 mil toneladas. Esse crescimento reflete um movimento de recuperação na Rússia, com a valorização da moeda reação dos preços do petróleo, revertendo parte do quadro delicado visto desde o fim do ano passado, quando a forte desvalorização do rublo e queda dos preços do petróleo reduziu fortemente as importações da Rússia. Agora, a esperança do vicepresidente de suínos da ABPA, Rui Vargas, é que esse cenário se mantenha ao longo do semestre. Com os números de abril, as exportações de carne suína para a Rússia já apresentam crescimento de quase 8% em volume no acumulado de 2015, para 50,6 mil toneladas. Em receita, há queda de 15% entre janeiro e abril, para US$ 136,99 milhões.