A Argentina já foi um dos cinco primeiros clientes do mercado suinícola do Brasil. Porém, os “hermanos” já não figuram nesse ranking, composto por Rússia, Hong Kong, Angola, Cingapura e Uruguai. Neste primeiro mês do ano, as vendas para a Argentina caíram 53,83% em volume (721 t) e 53,22% em receita (US$ 1,35 mihão), na comparação com igual período do ano passado. O mercado representa apenas 2,07% das exportações de carne suína nacional. “Desempenho fraco. Desde 2011, os embarques de carne suína para a Argentina vêm sofrendo retrações. De 4 mil toneladas/mês, observou-se o volume de apenas 400 toneladas no mês de dezembro de 2013 e agora, em janeiro, exportamos 721 toneladas. Muito pouco”, afirma Rui Eduardo Saldanha Vargas, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Segundo vargas, a crise econômica argentina desencadeou o surgimento de práticas protecionistas. Uma válvula de escape para amenizar o frágil desempenho da economia naquele país. Como não pode erguer barreiras comerciais em razão do acordo do Mercosul, o governo argentino tem adotado medidas burocráticas adicionais, reduzindo e dificultando a liberação das licenças de importação. “Perdemos espaço, mas a Argentina precisava equilibrar sua balança comercial. No entanto seguimos dialogando e trabalhando com novas possibilidades para retormar este mercado”, acrescenta o presidente da Abipecs, afirmando que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério das Relações Exteriores, entre outras superintendências brasileiras apoiam a Abipecs nesta meta. “Apesar de nossos esforços, hoje a relação comercial com a Argentina deveria ser discutida em patamares superiores, ou seja, envolvendo a presidência dos dois países. Infelizmente as articulações fogem um pouco de nossas mãos, mas seguimos na luta”, finaliza o presidente da Abipecs.
Frango – Os volume embarcados de carne de frango para Argentina também são pouco expressivos. Dados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) indicam que em 2013, foram 2091 toneladas, em 2012, 3557 toneladas. Volume pífio comparado com os embarques ao Oriente Médio, por exemplo. A região é principal destino das exportações brasileiras de carne de frango. A Arábia Saudita é o país que mais importa o produto: adquiriram 688 mil toneladas de carne de frango, o equivalente a 18% das exportações brasileiras. O segundo maior cliente foi a União Europeia, com compras que corresponderam a 11% das vendas, seguida por Japão (10% do total), Hong Kong (9%), Emirados Árabes Unidos (6%) e China (5%). E a Argentina? Distante deste ranking.
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