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Exportações de frango crescem 30% em agosto

Vendas externas desde janeiro somam 1,59 milhão de toneladas.

Redação AI 17/09/2004 – As exportações brasileiras de carne de frango cresceram 30% em agosto, na comparação com agosto de 2003, para 252,6 mil toneladas, com o país continuando a se beneficiar com os focos de gripe aviária em outros grandes produtores. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, dia 16,  pela Associação Brasileira dos Exportadores de Frangos (Abef).

Na comparação com julho último, quando os embarques foram de 205,9 mil toneladas, o crescimento foi de 23%. “O resultado continua indicando que a meta estabelecida para este ano, de crescimento de 8% a 10% nos volumes será atingida”, afirmou em um comunicado o diretor-executivo da Abef, Cláudio Martins.

Com os número de agosto, as exportações brasileiras de carne de frango somam, entre janeiro e agosto de 2004, 1,59 milhão de toneladas, 26% maiores que no mesmo período de 2003. O crescimento da receita foi superior ao aumento dos volumes. De janeiro a agosto deste ano, os embarques de frangos geraram US$ 1,7 bilhão, 53,8% mais do que em igual período de 2003.

Em relação aos preços médios, a exemplo dos meses anteriores, observa-se um crescimento importante em todos os segmentos”, afirmou Martins.

De janeiro a agosto de 2004, na comparação com período semelhante de 2003, o preço médio do frango brasileiro subiu 22%, para US$ 1.069 dólares por tonelada. O Oriente Médio, principal mercado para o produto brasileiro, importou um total de 477 mil toneladas neste ano até agosto, volume 23%.

As vendas para a Ásia registraram forte elevação de 37% nos primeiros oito meses do ano, para 401 mil toneladas, com destaque para o Japão, que comprou 64% mais frango do Brasil neste ano (204 mil toneladas) e já figura como segundo maior importador, atrás apenas da Arábia Saudita.

O Japão redirecionou suas compras de frango para o Brasil depois que países asiáticos como a China e Tailândia, seus tradicionais fornecedores, foram afetados pela gripe do frango. Os embarques para a União Européia, no entanto, continuaram caindo e neste ano já estão 15 por cento menores.

O nosso produto ainda é penalizado com taxação de 75 por cento, por exemplo, para o peito de frango”, disse Martins.