Redação AI 04/11/2005 – A febre aftosa não afetou o desempenho das exportações de frango, que bateram recorde absoluto em faturamento no mês de outubro, com US$ 330 milhões.
Em apenas 10 meses as exportações somam US$ 2,713 bilhões e superam em 8,8% o valor comercializado nos 12 meses de 2004. Em volume ainda faltam 100 mil toneladas para superar o ano passado.
O presidente da Coopercentral Aurora e um dos vice-presidentes da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango, José Zeferino Pedrozo, disse que os países compradores entenderam que não há risco de aftosa na compra de frango.
União Européia, Oriente Médio e Japão estão comprando cada vez mais. Pedrozo disse que a incidência da gripe aviária na Europa e na Ásia beneficiou o Brasil, que já respondeu por 43% do mercado mundial em 2004, deve chegar a 50% este ano. SC é um dos estados mais beneficiados com as exportações de frango – responde por 29%.
O empresário destacou que a produção nacional tem qualidade, competitividade e sanidade. Ele considera que a suspeita de gripe aviária em SP não passa de um mal-entendido.
A Abef e a União Brasileira de Avicultura divulgaram ontem uma nota reiterando os cuidados sanitários que vêm sendo adotados para garantir a sanidade, como a restrição à importação de material genético, controle de visitas nas granjas e proteção com tela das criações.
Agricultora garante renda de R$ 2,2 mil
A agricultora Camen Carraro, de Chapecó, disse que a avicultura representa uma das principais rendas da propriedade. A cada lote de entregue em 42 a 42 dias, a família recebe R$ 2 a R$ 2,2 mil em um aviário de 50 metros de comprimento. A despesa é de apenas R$ 500 com água, energia elétrica e maravalha. Para manter a sanidade, o aviário é cercado por vegetação e as visitas são proibidas.