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Exportações de frango do PR crescem 35%

<p>Segundo Domingos Martins, presidente da Sindiavipar, o Estado assumiu a liderança no volume de vendas externas de frango no segundo semestre de 2004.</p>

Redação AI 27/01/2005 – O Paraná exportou 681 mil toneladas de frango no ano passado, 35% mais que em 2003. Com a oferta de produtos de maior valor agregado, como cortes especiais e pré-cozidos, o aumento da receita foi de 51% – de US$ 452 milhões para US$ 683 milhões – segundo o Sindicato dos Abatedouros e Empresas Avícolas do Paraná (Sindiavipar). Domingos Martins, presidente da entidade, informou que o Estado assumiu a liderança no volume de vendas externas de frango no segundo semestre de 2004.

“Por dois anos batemos recorde e ganhamos novas plantas voltadas à exportação”, disse, citando a Copagril, cooperativa do oeste do Paraná que inaugura amanhã seu primeiro abatedouro. “Superar Santa Catarina era quase uma obsessão”. No acumulado do ano, contudo, os catarinenses foram líderes; em valor, lideraram no ano e também no segundo semestre.

Para 2005 o Sindiavipar espera alta de 15% na produção e exportação. O Paraná produz 160 mil toneladas de frango por mês, sendo 35% enviado ao exterior, percentual que deverá aumentar caso as negociações em andamento com chineses tenham sucesso. Atualmente, o Japão é o maior comprador do produto paranaense. Para conquistar mais clientes, o sindicato está preocupado em garantir bom rastreamento e fez parceria com a secretaria estadual da Agricultura para melhorar o controle sanitário. Na próxima semana haverá reunião em São Paulo na União Brasileira de Avicultura (UBA). Serão discutidos o programa de regionalização sanitária da avicultura e a criação de um fundo de indenização para criadores que tiverem do gênero.

Outra reivindicação está sendo feita pelo Sindiavipar ao BNDES. O sindicato quer adequar as condições de pagamento do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) às do Prodecoop, voltado às cooperativas, e usa como justificativa a criação de emprego no campo. As cooperativas têm apostado no frango e, em 2004, foram responsáveis por 25% das exportações de frango do Paraná. Antes da Copagril, estavam no mercado a Copacol, Coopavel, C.Vale e Lar. “Defendemos igualdade de condições”, disse Martins.

Antes de obter resposta do BNDES, a Unifrango, criada há dois anos a partir da união de 20 empresas paranaenses, decidiu tornar-se uma cooperativa e prepara-se para lançar sua marca para exportação nos próximos meses. “A tendência é essa”, disse o presidente da Unifrango, Domingos Martins, que também comanda o Sindiavipar. Ele informou que as empresas da Unifrango abatem, juntas, 1,5 milhão de aves por dia e pretendem investir R$ 15 milhões em um novo abatedouro. “Precisamos de recursos para incrementar a atividade”, explicou Martins. No mercado interno, cada empresa ligada à Unifrango continuará usando sua própria marca.