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Exportações de suíno crescem 30% em receita

Conforme a Abipecs, a maior venda de cortes de carne suína do que de carcaça está se refletindo nos preços praticados na exportação.

Redação SI 23/06/2004 – 06h29 – As exportações brasileiras de carne suína subiram 30% em receita em maio passado sobre o mesmo período de 2003 e atingiram US$ 68,937. Os volumes, no entanto, tiveram pequeno recuo – 0,3%, para 49.487 toneladas, de acordo com a Abipecs – Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína. Segundo a entidade, é o melhor desempenho mensal em 2004.

No acumulado até maio, os volumes caíram 5,875, para 181,1 mil toneladas, mas a receita cresceu 23,8% sobre os primeiros cinco meses de 2003, alcançando US$ 242,6 milhões.

De acordo com a Abipecs, o sistema de cotas russo – pelo qual o Brasil disputa com outros país um volume de 179 mil toneladas em vendas – é o responsável pela queda dos volumes embarcados. O motivo é que a Rússia – que suspendeu as importações de carne brasileira – é o principal mercado para a carne suína brasileira.

Conforme a Abipecs, a maior venda de cortes de carne suína do que de carcaça está se refletindo nos preços praticados na exportação. Em maio o preço médio por tonelada foi de US$ 1.393, ou 30% acima do verificado no mesmo mês em 2003. Nos primeiros cinco meses, a média foi de US$ 1.339 a tonelada, ou 31,5% do mesmo período do ano passado.

O diretor-executivo da Abipecs, Cláudio Martins, observou que os preços nas exportações subiram também em função do sistema de cotas, já que a oferta de produto diminuiu.

Segundo ele, a Europa não está conseguindo cumprir a sua cota de exportação para a Rússia. Um dos motivos é que os preços europeus são US$ 400 a US$ 500 mais altos do que o do produto brasileiro. Além disso, a produção européia de suínos é menor.