Redação (06/06/07) – No mês passado, os embarques somaram US$ 5,199 bilhões, um recorde para os meses de maio e o segundo maior valor mensal da série histórica, iniciada em 1989 – o primeiro foi o de julho de 2006, de US$ 5,236 bilhões. As importações cresceram 40,9%, atingindo US$ 698 milhões. Com isso, o saldo da balança comercial ficou em US$ 4,497. O destaque foi o complexo carnes, que pela primeira vez tem resultado mensal de US$ 1 bilhão, contribuindo com quase 20% para o total exportado.
Os dados constam da balança comercial do agronegócio, divulgada hoje (06/05) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O valor exportado em maio representa acréscimo de 33,7% em relação ao mesmo período de 2006. Os setores que mais contribuíram para esse desempenho foram o complexo soja (43,7%), carnes (44,9%), produtos florestais (26,4%), complexo sucroalcooleiro (30,7%), sucos de frutas (50%) e cereais, farinhas e preparações (162%).
Embora as carnes tenham apresentado excelente resultado, o complexo soja continua no topo do ranking das exportações brasileiras do agronegócio. Em maio, o valor exportado pelo setor foi de US$ 1,294, contra US$ 900,5 milhões de igual período de 2006. Os embarques de soja em grãos renderam US$ 824 milhões, com crescimento de 18,5% ante US$ 695 milhões de maio do ano passado. Essa performance deve-se principalmente ao aumento de 19,3% nos preços do segmento.
Os outros dois produtos do complexo soja também tiveram crescimento expressivo nas exportações. As vendas externas de farelo registraram aumento de 104,7%, somando US$ 293 milhões. Esse desempenho foi favorecido pelos preços 14% superiores aos registrados em maio de 2006 e pelo incremento de 79% no volume comercializado. Já os embarques de óleo de soja saltaram 186,3%, com acréscimo de acréscimo de 114,9% em volume e de 33% nas cotações.
Carnes – Na comparação entre maio de 2006 e o mês passado, as exportações de carnes saltaram de US$ 695,5 milhões para US$ 1 bilhão. O valor exportado de frango in natura teve aumento de 85,9%, passando US$ 195 milhões para US$ 363 milhões. Esse resultado foi alcançado graças ao incremento de 34% nos preços e de 38,7% em volume.
As vendas externas de carne bovina in natura cresceram 26,4%, totalizando US$ 355 milhões, ante US$ 281 milhões, com incremento de 29,5% em volume e queda de 2,4% nos preços. As exportações de carne suína in natura aumentaram apenas 0,4%, resultado da elevação de 6,2% na quantidade embarcada. Os preços, entretanto, caíram em 5,4%.
As exportações de produtos florestais alcançaram US$ 761,6 milhões, contra US$ 602,3 milhões, e as do complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool) saíram de US$ 364,5 milhões para US$ 476,5 milhões. Já o valor exportado de sucos de fruta passou de US$ 174,8 milhões para US$ 262,2 milhões, e o de cereais, farinhas e preparações, de US$ 48,9 milhões para US$ 128,6 milhões.
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