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Exportação

Exportações em queda no Paraná

<p>Embarques caem 59% em relação a 2009. Receita atingiu US$ 87,3 milhões em setembro deste ano.</p>

“Estamos num sinal de alerta amarelo no que se refere às exportações”. É isso o que afirma o delegado adjunto da Receita Federal em Ponta Grossa (PR), Gustavo Horn, ao observar os dados mais recentes da balança comercial na região. Comparado a agosto de 2009, as exportações tiveram redução de 36%, uma diferença de US$48,7 milhões.

Na comparação com o mês de setembro de 2008, a queda foi ainda maior: de 59%. Foram US$ 211,3 milhões exportados em setembro do ano passado, contra US$ 87,3 milhões em setembro deste ano. É a segunda pior exportação de 2009, ficando atrás apenas de fevereiro, quando foram exportados US$ 74,2 milhões.

Os principais itens que motivaram essa diminuição foram os grãos, gordura, óleos e ceras animais e vegetais, e resíduos das indústrias alimentares, e alimentos para animais. Sendo que os grãos tiveram impacto considerável nos números de setembro.

Os dados se referem a uma área de 62 municípios, que inclui os Campos Gerais. O que significa que a queda nos itens destacados não está, necessariamente, atrelada ao prejuízo de empresas de Ponta Grossa. A queda também pode ter relação com a oscilação do dólar. “Uma possibilidade é que os produtores estejam segurando o produto para um venda futura, ou vendendo agora e guardando dinheiro no exterior, para depois trazer para o País quando o valor do dólar melhorar, caso isso aconteça”, supõe Horn.

Mas o período se mostra bom para compras no exterior, e muitas empresas podem aproveitar o período para antecipar compra de maquinário, ou investir e ajuste e atualização de equipamentos.

Já as importações tiveram aumento. Foram US$16,2 milhões em importações em 2008, contra U$17,9 milhões em 2009. “Bastante importação não é, necessariamente, algo ruim. Em nossa região nós ainda temos um saldo positivo. Tivemos uma exportação ruim. Mas, mesmo assim, ela ainda corresponde a um valor bem maior que o da exportação”, explica Gustavo Horn.

Vale destacar que as exportações se mantiveram estáveis, ou ainda um pouco superiores, no que se refere ao número de operações realizadas. O que significa que o volume de negócios se mantém equilibrado.