As exportações brasileiras, na segunda semana de junho (8 a 14), somaram US$ 2,508 bilhões, com média diária de US$ 627 milhões, o que significa uma queda de 11,3% em relação ao desempenho médio verificado na primeira semana do mês (US$ 706,8 milhões). Essa retração, segundo os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foi resultado da redução nos embarques de produtos das três categorias.
As vendas de semimanufaturados caíram 21,3% na segunda semana do mês em relação à primeira, principalmente por conta de açúcar em bruto, celulose e couros e peles. As exportações de básicos tiveram queda de 14% em função das vendas de soja em grão, minério de ferro, carne bovina e petróleo em bruto; enquanto as de manufaturados registraram retração de 4,7%, influenciadas pelas vendas de etanol, laminados planos, óleos combustíveis, óxidos e hidróxidos de alumínio e motores e geradores.
Também pelo critério da média diária, as importações caíram 4,8% em relação ao desempenho médio diário da primeira semana de junho (US$ 465,2 milhões). Na segunda semana do mês, a média diária importada ficou em US$ 442,8 milhões. Segundo o MDIC, essa retração foi decorrente do decréscimo nos desembarques de equipamentos mecânicos, combustíveis e lubrificantes, produtos químicos orgânicos e inorgânicos, instrumentos de ótica e precisão, produtos plásticos, siderúrgicos e farmacêuticos.
No acumulado do mês, as exportações somam US$ 6,042 bilhões (média diária de US$ 671,3 milhões) e as importações, US$ 4,097 bilhões (média diária de US$ 455,2 milhões). Pelo critério da média diária, as exportações ficaram 24,2% menores que a média registrada em junho do ano passado (US$ 885,4 milhões), com retração também nas vendas externas dos produtos das três categorias. No caso dos embarques de produtos manufaturados, a queda foi de 29,9%, com retração das vendas de óleos combustíveis, celulares, automóveis, autopeças, laminados planos, motores e geradores e açúcar refinado.
As vendas de semimanufaturados caíram 22,2%, principalmente, alumínio em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, catodos de cobre e couros e peles. As exportações de básicos, no mesmo período de comparação, tiveram queda de 16,1%, por causa de petróleo em bruto, minério de ferro, milho em grão, carne suína, de frango e bovina.
Já em relação ao desempenho médio diário das exportações de maio último (US$ 599,3 milhões), foi registrado um crescimento de 12% em função das maiores vendas de produtos semimanufaturados (+13,6%), básicos (+12,9%) e manufaturados (+11,9%).
Com relação às importações, a média diária de US$ 455,2 milhões registrada no acumulado do mês de junho é 39,7% inferior à verificada no mês de junho de 2008 (US$ 755,5 milhões). Segundo os dados do MDIC, houve retração nas compras de adubos e fertilizantes (-80,5%), combustíveis e lubrificantes (-58,6%), produtos de borracha (-39%), químicos orgânicos e inorgânicos (-37,7%) e equipamentos mecânicos (-32,9%).
Na comparação com maio último, quando a média diária importada chegou a US$ 466,7 milhões, a queda foi de 2,5% por conta das compras de adubos e fertilizantes (-33,2%), equipamentos mecânicos (-9,2%), combustíveis e lubrificantes (-8,4%), produtos farmacêuticos (-6,5%) e siderúrgicos (-4,2%).
No acumulado do mês de junho, a balança comercial registra superávit de US$ 1,945 bilhão. No ano, o saldo acumulado é positivo em US$ 11,317 bilhões.