As exportações têm segurado o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas em um período) e impedido uma retração mais acentuada. No primeiro trimestre do ano, enquanto o País encolheu 0,3% frente ao período imediatamente anterior, as exportações avançaram 6,5%. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015 a alta foi de 13%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse desempenho das vendas externas foram puxadas principalmente pela comercialização de soja, milho, petróleo e derivados, metalurgia e veículos automotores.
Esse resultado foi influenciado ainda pelo dólar mais alto frente ao real, que deixou os produtos brasileiros mais competitivos frente aos concorrentes internacionais. Os itens agropecuários têm sido os principais beneficiados, ganhando peso cada vez mais expressivo na balança comercial.
Essa contribuição do setor externo para o PIB deve se intensificar ao longo do ano. A previsão do mercado financeiro, de acordo com o último Boletim Focus (pesquisa do Banco Central com integrantes do mercado financeiro) é de que as exportações superem as importações em US$ 50 bilhões em 2016. Até a terceira semana de maio, esse saldo positivo era de US$ 17,2 bilhões.