O Brasil deve aumentar a exportação de carne de frango e de suínos para o Chile. A expectativa é do presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra. Uma equipe do Ministério da Agricultura chileno está no Brasil para inspecionar frigoríficos e credenciar novas unidades. A primeira reunião ocorreu ontem, dia 28, na cidade de São Paulo.
A missão chilena está no Brasil para vistoriar as plantas frigoríficas que exportam carnes de frango e de suínos para o país. Além disso, a visita também tem como objetivo credenciar quatro novas unidades.
“Na América do Sul, ele [o país andino] seria o que é a União Europeia para nós no mundo. É um mercado referência. O Chile tem uma tradição exportadora de consistência dos seus produtos, tanto em frutas, pesca, tudo. E é um mercado muito exigente. Se ele compra do Brasil e mantém e aumenta as importações, para nós é muito significativo” afirma Turra.
Ao todo, 18 frigoríficos vão ser visitados pela equipe do Chile. Deste total, 14 já negociam com o país. Os chilenos vão se dividir em dois grupos. Um vai percorrer o Estado de Santa Catarina, enquanto o outro grupo deve vistoriar plantas do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
“A qualidade do produto brasileiro e a segurança na inspeção dada pelo Ministério da Agricultura são bastante equivalentes com o do Chile, o que tornam ainda mais seguras as negociações”, diz o veterinário oficial do ministério da Agricultura chileno, Diego Ramirez, que também afirma que o preço do frango brasileiro é bastante competitivo.
Os fatores citados pelo veterinário estimulam as exportações brasileiras de carne de frango. Só nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, foram embarcadas para o Chile mais de três mil toneladas de carne de frango, o que significa alta de 314% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já em receita, o aumento foi de 204%, ficando em US$ 5,09. Diego Ramirez afirma que o Chile é um consumidor ávido de carne de frango e suínos e seguramente no futuro terá mais perspectiva de comércio
“O crescimento do mercado chileno deixa o setor confiante”, completa Ramirez.