Com uma receita de US$ 25,2 bilhões proveniente de vendas para outros países em 2023, o Paraná estabeleceu um novo recorde anual de exportações. Esse valor representa um aumento de 13,7% em comparação com o resultado de 2022, quando a receita atingiu US$ 22,1 bilhões. Além disso, o crescimento é significativamente superior à média nacional, que foi de apenas 1,7% no mesmo período, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No último ano, o Paraná registrou o maior incremento nas exportações nas regiões Sul e Sudeste do país. Após o Paraná, destacam-se o Espírito Santo, com um aumento de 4,2% nas vendas externas, seguido por São Paulo (2%) e Rio de Janeiro (0,8%). Em contrapartida, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina experimentaram quedas nas exportações, com variações de -0,5%, -1,3% e -3,3%, respectivamente.
O excelente desempenho no comércio exterior levou o Paraná a ascender de sexto para quinto maior exportador do país, ultrapassando o Rio Grande do Sul, que registrou US$ 22,3 bilhões em vendas para outros países no último ano. O ranking é liderado por São Paulo, com US$ 71 bilhões em exportações.
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De acordo com o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, os resultados das exportações refletem um ano excepcional para a economia do Paraná, cujo Produto Interno Bruto (PIB) acumulou um aumento de 6,91% nos três primeiros trimestres do ano passado.
“O aumento da atividade econômica, medido pelo Banco Central no acumulado até outubro, foi o maior do país, a taxa de desemprego caiu para 4,6%, e agora, as exportações paranaenses atingiram recordes, evidenciando o bom resultado obtido pelo setor produtivo com o apoio do Governo do Estado”, analisou Callado.
Quanto aos produtos, a soja foi novamente o destaque principal das exportações paranaenses em 2023, respondendo por 23,5% do total vendido pelo estado ao exterior. Em seguida, aparecem a carne de frango in natura (com uma participação de 14,5%), o farelo de soja (7,7%), os cereais (5%) e o açúcar bruto (4,5%). Nos últimos cinco anos, o Paraná acumulou consecutivas altas nas exportações anuais de alimentos, passando de US$ 9,7 bilhões em 2019 para US$ 15,8 bilhões em 2023.
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Além do agronegócio, os bens manufaturados de alta tecnologia também tiveram uma participação importante nas exportações do Paraná, destacando-se a venda de automóveis, que apresentou um aumento de 3,6%, passando de US$ 526 milhões para US$ 545 milhões entre 2022 e 2023.
No total, as mercadorias produzidas no estado foram enviadas para 215 destinos. Os maiores compradores foram a China (US$ 7,1 bilhões), a Argentina (US$ 1,5 bilhão) e os Estados Unidos (US$ 1,4 bilhão), representando 28%, 6,3% e 5,8%, respectivamente, do total comercializado pelo Paraná em 2023. O México aparece em quarto lugar, fechando a “lista do bilhão”, com US$ 1.021 bilhão.
Em relação à China, que já era a maior compradora dos produtos paranaenses em 2022, o volume de exportações quase dobrou no último ano, passando de US$ 3,6 bilhões para cerca de US$ 7,1 bilhões, correspondendo a uma parte significativa do superávit anual.
Mesmo pequenos países como Tuvalu e Papua Nova Guiné, ambos da Oceania, também adquiriram produtos paranaenses.
No que diz respeito às importações, as compras estaduais de itens fabricados no exterior totalizaram US$ 18,2 bilhões no ano passado, representando uma queda de 18,8% em relação a 2022, quando as compras externas atingiram US$ 22,4 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial no Paraná encerrou o ano com um superávit de US$ 7 bilhões.
Fonte: Agência Estadual de Notícias do Governo do Paraná
