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Exportadoras de frango brasileiras registram prejuízos

<p>De acordo com a Associação Brasileira de Exportadores de Frango (ABEF), as vendas diminuíram aproximadamente 17%, caindo das 780 toneladas de frangos exportadas em 2005 para 650 toneladas.</p>

Redação (31/10/06) – Apesar do Brasil não ser um dos países afetados pela gripe aviária, as empresas exportadoras de frango do país amargaram neste ano grandes prejuízos. De acordo com a Associação Brasileira de Exportadores de Frango (ABEF), as vendas diminuíram aproximadamente 17%, caindo das 780 toneladas de frangos exportadas em 2005 para 650 toneladas. Um dos motivos que mais contribuíram para a queda das vendas foi a desconfiança do consumidor, problema que afetou o comércio mundial.

Para discutir ações de combate e de prevenção à gripe aviária no Brasil, o Serviço Social da Indústria (SESI) organizou nesta sexta-feira, 27 de outubro, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, uma videoconferência com representantes de entidades públicas e privadas em todo o país.

A gripe aviária, também conhecida como vírus influenza aviária, foi descoberta no ano de 2003, no extremo oriente. Num primeiro momento, a doença atingia apenas algumas espécies de aves. Com a mutação, o vírus passou a ser transmitido também ao homem. Desde sua descoberta, 145 pessoas morreram vítimas da doença. Até hoje, foram detectados focos da doença em 30 países. No Brasil, segundo o Ministério da Agricultura, ainda não foram encontrados focos do influenza aviária. Mesmo assim, o governo vêm se preparando no combate a uma possível entrada da doença no país.

Dentre as ações estão: detectar e implantar barreiras sanitárias nas principais entrada do influenza aviária no território nacional; proteger o plantel avícola controlando o comércio de materiais avícolas e controle da saúde da população. De acordo com o coordenador nacional de Sanidade Aviária do Ministério da Agricultura, Marcelo de Andrade Mota, o risco da entrada da gripe aviária no Brasil é pequeno, pois, além das ações de prevenção do governo, o país não está na rota migratória das aves. “Temos que demonstrar aos países compradores de frango que o risco sanitário brasileiro é muito baixo. Estamos numa posição diferenciada dos nossos concorrentes”, disse.

De acordo com a ABEF, o Brasil continua em primeiro lugar no ranking mundial dos países exportadores, apesar dos prejuízos sofridos. “Estamos detectando uma tendência de recuperação do mercado mundial. Por isso é necessário ações de combate à doença”, disse o representante da Associação, Jean Manfredini. Ele também elogiou a iniciativa do SESI. “Esta ação ajudou a disseminar para o Brasil o que é fato e o que é mito sobre a gripe aviária” disse. De acordo com o especialista de Negócios Sociais do SESI, Dr. Vítor Gomes Pinto, “o SESI cumpriu a função de ser um facilitador e de ativação do setor privado e público para este problema”, disse.