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Exportadores miram a terra do Sol nascente

<p>Alto poder aquisitivo, disposição para comprar e a necessidade de importar mais de 60% do que consome fazem do Japão um alvo natural dos exportadores do mundo inteiro.</p>

Redação (07/08/06)- O Brasil, no entanto, aproveita muito pouco desse potencial parceiro comercial e responde por apenas 0,6% das compras japonesas. Ampliar esse mercado não é tarefa simples. Embora tenha um apetite consumidor inferior apenas aos Estados Unidos, o Japão pode se mostrar um território de acesso mais difícil. “Há barreiras agrícolas, o desconhecimento de que o Brasil pode vender produtos com tecnologia e mesmo o sistema de negociação, que é diferente e mais lento da maneira como acontece no ocidente. Mas há espaço para uma aproximação e alguns setores têm grande potencial”, diz a coordenadora de inteligência comercial da Agência de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil), Adriana Rodrigues.

 

Na seqüência do trabalho pragmático da Apex, que vem incentivando a venda de produtos brasileiros em grandes mercados consumidores, especialmente Estados Unidos e Europa, o Japão é o próximo alvo. Afinal, os exportadores brasileiros tiram apenas uma casquinha de US$ 3,5 bilhões dos mais de US$ 455 bilhões em importações anuais japonesas. Por isso, os planos da Apex são de dobrar essa participação até 2008, ano em que se completa o centenário da imigração japonesa para o Brasil.

Atualmente, o Japão é sétimo principal destino das exportações brasileiras, mas sobre uma pauta concentrada em matérias-primas e produtos básicos, como minério de ferro, alumínio, frango congelado, suco de laranja e soja. Em contrapartida, as importações brasileiras do Japão quinto maior fornecedor de mercadorias ao Brasil são marcadas por produtos de maior tecnologia e valor agregado, especialmente motores, peças e acessórios para veículos. “Vamos nos aproximar do Japão oferecendo mercadorias diferenciadas. Queremos incentivar, principalmente, a venda de produtos de maior valor agregado e vemos espaço para jóias, cosméticos, produtos da moda brasileira, equipamentos médico-hospitalares, etanol e até a área de tecnologia da informação”, avalia as coordenadora de inteligência comercial da Apex. Segundo ela, mesmo no agronegócio há oportunidades para produtos de maior valor, como cafés especiais e produtos orgânicos.

 

O poder de consumo japonês é muito alto, com uma renda per capita de US$ 36 mil (no Brasil é de US$ 3 mil).