A produção mundial de cereais deve alcançar 2,49 bilhões de toneladas este ano, previu a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A estimativa é cerca de 0,12% inferior ao apontado em setembro, principalmente devido às piores perspectivas para a safra de trigo na América do Sul.
Segundo a FAO, o aumento de 8% na produção mundial de cereais esperado para este ano, em relação a 2012, decorre principalmente da expectativa de alta de 11% na produção de cereais secundários (como milho, cevada e sorgo), que deve atingir 1,28 milhão de toneladas.
Os Estados Unidos, maior produtor global de milho, seriam responsáveis pela maior parte do aumento, já que se espera uma colheita recorde de 348 milhões de toneladas do grão em 2013/14, um avanço de 27% sobre o ciclo anterior, que foi duramente afetado por uma seca.
Já a previsão da FAO para os estoques mundiais de cereais até o final de temporada, em 2014, recuou quase 2% desde setembro. Seriam 559 milhões de toneladas, mas ainda assim 12% (ou 62 milhões de toneladas) acima de seu nível inicial e o patamar mais alto desde a temporada 2001/02.
A expectativa é que o comércio internacional de cereais em 2013/14 atinja 312,4 milhões de toneladas, alta de 1,6% (ou 4,8 milhões de toneladas) ante a safra passada — e também um pouco acima do esperado em setembro. O comércio em 2013/14 se beneficiou de um maior volume disponível para exportação, principalmente de cereais secundários.
Preços internacionais caem pelo 5º mês
Os preços internacionais do alimentos recuaram 1,14% em setembro, em relação a agosto, informou a FAO.
Foi o quinto mês consecutivo de baixa, sob o peso de uma forte queda nos preços dos cereais. Por outro lado, os produtos lácteos, óleos, carnes e açúcar aumentaram ligeiramente.
O índice de preços dos alimentos da FAO, que mede a variação mensal de uma cesta de 55 itens básicos, obteve uma média de 199,1 pontos no mês passado, contra 201,4 em agosto.
Desde o início do ano, a redução acumulada nos preços chega a 5,4%.