Grupos de ruralistas e membros do Congresso norte-americano ligados a Estados com tradição agropecuária criticam a proposta da Casa Branca para reduzir o seguro safra e outros programas voltados ao setor.
Os cortes integram a proposta orçamentária do governo de Donald Trump. Eles atingiriam fazendeiros em um momento em que a renda do setor cai pelo quarto ano seguido, o que pode afetar especialmente Estados como Iowa, Kansas e Nebraska, que ajudaram o republicano a ganhar a eleição em novembro. “Claramente, este Orçamento prejudica a agricultura e a América rural”, afirmou o presidente do Escritório Federal de fazendeiros, Zippy Duvall, em um comunicado.
A proposta orçamentária reduziria o montante que o governo dos EUA fornece para ajudar fazendeiros a pagar, entre outras coisas, pelo seguro contra a variação do preço dos grãos após a colheita. Os cortes tiram do setor cerca de US$ 28 milhões ao longo de dez anos. Trump também propôs reduzir o teto de renda dos fazendeiros que aplicam para trais programas.
O documento prevê ainda o corte de 5.263 postos de trabalho no Departamento de Agricultura (USDA), cerca de 5,5% do total.
Fazendeiros, economistas e especialistas afirmam que é importante dar apoio ao setor, que responde por cerca de 11% dos empregos no país, além de contribuir com cerca de US$ 1 trilhão para a produtividade doméstica. “A força da economia agrícola tem implicações para a América rural, mas também para o resto da economia como um todo”, afirmou Robert Johansson, economista-chefe da USDA, em conversa com senadores no mês passado.