AGROMERCADOS
Segunda-feira, 10 de janeiro de 2011 Nº 418
QUEM PAGA
A alta dos preços agrícolas estimula o plantio e, por tabela, aumenta a demanda por fertilizantes. O resultado é a elevação dos custos de produção, que, por sua vez, pressionam os preços dos alimentos. Resumo da ópera: no final quem vai pagar o pato, isto é, a conta, é o consumidor.
COMIDA CARA
Em 2010, os preços dos alimentos puxaram a inflação. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o ano em 5,91%, maior resultado desde 2004. O grupo alimentação teve alta de 10,39%, bem superior à apurada em 2009 (3,18%).
CARNE DISPARA
Também o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que registrou alta de 6,45% no ano passado, foi pressionado pelo custo da alimentação. O IPC, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), constatou aumento de 12,2% no grupo alimentação em 2010, com destaque para a carne bovina, que subiu 34,4%.
ALERTA DA FAO
Para os técnicos da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), os problemas climáticos em várias partes do mundo devem contribuir para elevar ainda mais os preços agrícolas este ano.
SALVAÇÃO DA LAVOURA
Para os produtores rurais, porém, a disparada dos preços agrícolas a partir do segundo semestre de 2010 salvou a lavoura, leia-se o bolso. Levantamento da Secretaria da Agricultura do Paraná cita o exemplo do milho, que em janeiro de 2010 era vendido a R$ 14,58 e esta semana vale R$ 20 a saca, 37% a mais. A soja, negociada a R$ 37,16 no início de 2010, hoje é vendida por R$ 44,93.
SOJA SOBE
Nesta segunda-feira, os contratos da soja para março subiram 15,50 cents na bolsa de Chicago, encerrando a sessão a US$ 13,80 o bushel. Na BM&FBOVESPA, a soja para maio foi cotada a US$ 31,09 a saca, alta de 39 cents. O dólar no balcão teve alta de 0,30%, negociado a R$ 1,68.
MILHO FIRME
Cotado a R$ 24,90, o milho para maio na BM&FBOVESPA teve alta de 11 centavos. Em Chicago, os preços futuros do cereal subiram 12 cents no vencimento março, para US$ 6,07 o bushel, alta de 2%.
SUBINDO
O Paraná passou de quarto para o segundo lugar no ranking das exportações do agronegócio, segundo dados da Secretaria de Agricultura do Estado. Entre janeiro e novembro do ano passado, o Estado arrecadou US$ 9,1 bilhões.
BRONCA DO LEITE
A cada quilo de leite em pó importado, a indústria deixa de comprar 10 litros de leite dos produtores brasileiros. O cálculo é do Fórum Permanente da Cadeia Láctea da Região Sul, que reclama do aumento das importações de leite e derivados pelo país, principalmente do Uruguai e da Argentina.
LARANJA TARDIA
Uma boa notícia para os citricultores. Na avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços da laranja devem continuar firmes até abril, apesar do crescimento da safra de São Paulo este ano. É que a colheita mais tardia vai restringir a oferta nos primeiros meses deste ano. Além disto, os estoques da indústrias estão baixos.
ALTA NA BOLSA
No pregão desta segunda-feira na bolsa de Nova York, os contratos futuros do suco de laranja para março, o vencimento mais líquido, encerraram a sessão a 178,75 cents por libra peso.
PREÇO DO CAFÉ
Em Nova York, os contratos futuros do café arábica para março avançaram a 231,25 cents por libra peso, enquanto em Londres o café robusta ganhou US$ 32, encerrando a sessão a US$ 2.055 a tonelada, alta de 1,58%.
FECHA ASPAS
“Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta.”
BRUNO BLECHER, DA AGÊNCIA MERCADOS, COM INFORMAÇÕES DA BMF&BOVESPA